quinta-feira, setembro 17, 2015

Paz

                                                                                                

Gosto de viajar de avião. Veja bem, gosto, não amo. 
E confesso que toda vez em que estou sentada com a "poltrona na posição vertical, com cinto afivelado e mesinha travada", aquele friozinho na "boca" do estômago chega como quem não quer nada. É batata.
Agora, checando antes a previsão do tempo, a boca do estômago "neva" antes mesmo de chegar no aeroporto.
Bom, previsão confirmada: voo atrasado pelo mau tempo tanto no destino de origem como no de chegada. Aí o lance é tentar relaxar e se distrair com as figuras que a gente vê no saguão de embarque de todo aeroporto. (Qualquer dia posto aqui um Top 10 da ponte aérea... rs)
Aí o comandante sarrista diz que a previsão de tempo de voo está estimada em 45 minutos e que há previsão de turbulência onde a aeronave "pode balançar um pouquinho só" (entre aspas pq foram as palavras exatas dele). Oi??? Aff... Rs.
Mas passados os cinco minutos (que mais parecem horas) em que finalmente o gigante de asas de metal consegue romper as nuvens carregadas de água e eletricidade (ops, pausa pra lembrar que metal + água + eletricidade tem tudo pra não dar certo, né não?), eis que vem a recompensa, retratada nas fotos abaixo.
E é nesse momento que é inevitável não fazer uma analogia entre as turbulências num voo provocadas pelo tempo instável e as tribulações que nos atingem em alguns momentos de nossas vidas.
O Senhor não disse que as não teríamos, mas sim que as venceríamos se permanecêssemos firmes e constantes em nossa fé, certos de que a recompensa pelo nosso esforço sempre vem, mesmo que tarde em chegar.
O avião sou eu e você, suas turbinas (que são responsáveis por mantê-lo firme e com a velocidade constante em direção ao objetivo) são como a nossa fé e a recompensa é a vitória de alcançar o lugar seguro acima da tempestade.
Depois da aflição, vem a paz.
Não tive como não me emocionar ao sentir o sussurro do Espírito Santo de Deus em meus ouvidos, me dizendo: "filha, meus pensamentos pra você são de paz, para te dar o fim que espera".
Todo o restante do voo foi assim. Acima das nuvens. Em paz.
Assim como espero que sejam os dias vindouros.

"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais". (Jeremias 29:11)








quinta-feira, março 08, 2012

8 de março de 2012

Neste dia em que alguns decidiram que seria "nosso", algumas palavras de uma mulher que eu considero uma das maiores escritoras da atualidade, e por que não, de todos os tempos.
Sintam-se abraçadas!


Canção das mulheres, por Lya Luft

"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."


terça-feira, outubro 26, 2010

Até onde a gente "conhece" alguém?

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=26095404

Tem algumas notícias ruins que realmente mexem comigo.
Muitas acabo "abduzindo" da mente, talvez como forma de defesa do meu emocional.
Mas outras não tem como passarem despercebidas.
Quando ouvi o caso da pequena Joanna, e li o nome do seu pai, procurei saber mais e me deparei com uma dessas notícias ruins que acabam mexendo comigo.
Fica o registro, por enquanto.
Quem sabe, depois, um manifesto.
Quem sabe... :(

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Um elogio, por favor!

"Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio"
(Sigmund Freud)


É interessante como quase todo mundo reage da mesma maneira quando recebe um elogio.
Se elogiam a roupa, diz-se logo que é velha, que já foi usada outras vezes, que a combinação não tá tão boa assim...
Se dizem que parece que a pessoa tem muito menos idade do que realmente tem, lá vem o rebate: "Mas eu já tenho xx anos mesmo!"
Se elogiam o novo corte de cabelo, o mérito é todinho do cabeleireiro.
(O sucesso das novas madeixas nada tem a ver com aquelas infinitas horas de pesquisa de imagens de cabelos feita no Google, ou com aquelas quinhentas revistas folheadas em busca do cabelo perfeito.)
Se o perfume é bom, foi alguém que deu.
Se a bijou é bonita, foi aquela amiga estilosa que indicou.
E por aí vai...

Mas a verdade é que a gente se arruma, se ajeita, se produz, passa um bom tempo à frente do espelho, tira e põe a mesma roupa um monte de vezes, troca de sapato, de bolsa, aff! Só de escrever já cansa!
Tudo isso pra, quem sabe, ser notado por alguém. Ou por mais de um alguém...

E não é só na aparência que a gente faz assim.
Nos esforçamos pra nos destacarmos no trabalho, entre amigos, na família.
Só queremos passar despercebidos "naqueles" dias. E aí sinta-se à vontade pra interpretar o "naqueles" como quiser...

Quando a gente percebe que o comentário acima faz sentido, passa a agir diferente.
E digo isso por experiência própria.
É extremamente gostoso assumir o papel de indefeso (nesse caso, e em alguns outros)!
E também é muito bom perceber que não é necessário estar no padrão de beleza/ inteligência/ cultura de A, B ou C para causar admiração em algum momento.
Ela acontece e se materializa na forma de elogio quando, em algum momento, chamamos positivamente a atenção de alguém.

Então por que será que é tão difícil dizer simplesmente obrigado(a)?
Por que não aceitar o elogio e permitir que o dia seja ganho por tê-lo recebido?
Mistério, diriam alguns.
Eu já acho que a gente vive num mundo tão frenético, tão cheio de atribuições, com tão pouco tempo pra conseguir dar conta de tudo o que precisa ser feito no dia que não conseguimos parar um pouco pra observar, pra prestar atenção em quem nos cerca.
Mas por um lado, se o "tempo é curto", por outro temos "meios" que nos ajudam a compensar a oportunidade perdida.
Dá pra parar um minutinho e elogiar através de um torpedo, de um email, com um cartãozinho virtual, ou até mesmo um scrap.
O que não dá é pra pensar que todo momento passado não volta mais.
É possível "resgatar" o instante que passou.
Basta que a gente se disponha à isso. :)

quinta-feira, dezembro 03, 2009

"Miss imperfeita"

Se o texto foi mesmo retirado da Revista do Jornal O Globo, e se a Martha Medeiros é jornalista e escritora , não sei.
Mas o fato é que além de me identificar com essa tal "miss imperfeita" em vários trechos do texto, ele é bom e quis que ficasse registrado por aqui. :)

(Texto publicado na Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário




Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.



Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


(Martha Medeiros - Jornalista e escritora)

domingo, abril 26, 2009

A cobrança

Até onde cobrar algo de alguém pode acabar por produzir o contrário do que se deseja? Essa é uma pergunta que me faço nos últimos tempos.
A cada dia percebo que o amor é um sentimento recheado de contrariedades...
Os opostos se atraem. Pra mim isso é fato.
Mas a pergunta que me faço ultimamente é: Permanecem atraídos pra sempre?
Depois do início, onde tudo é novo, lindo e diferente, uma relação pode cair na tão temida rotina. Pode não, cai.

E é aí que surgem as cobranças.
Como não cobrar pelo elogio que nunca chega?
Pelo "ser surpreendida" que não acontece?
Pela observação positiva que dificilmente é feita?
Pelo óbvio que nunca é visto?
Pelas entrelinhas não compreendidas?
Pelos pedidos não atendidos?
Será que a solução desse meu problema é simplesmente não cobrar?
Mas como é difícil isso...

A existência do amor por si só deveria ser suficiente.
E eu agradeço aos céus todos os dias pelo que tenho e vivo.
Mas por que será que a gente nunca está satisfeito com o que já tem?

terça-feira, março 31, 2009

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Ah! Estou de volta à vida de Coruja...

... pelo menos no mês de fevereiro.
Ainda não sei se em definitivo, vai depender do conjunto de alguns fatores... rs.
Mas as fotos aí embaixo mostram a visão que a gente tem quando chega aqui na Unicamp de noite. :)



Parque das Águas

Esse parque é mais um dos motivos que me fazem gostar de Campinas.
Falta praia por aqui, as lagoas são artificiais, mas até que o pessoal que governa se esforça pra criar lugares que amenizam a falta das belezas naturais.
Ele fica no bairro onde moro (dá pra vê-lo do meu quintal), e se tornou meu aliado na "guerra" contra as gorduras localizadas em todo o meu corpo (rs) e que insistem em fazer morada nele, apesar das muuuitas ordens de despejo já recebidas (+ rs).


Caminhar por ele nas iniciais 3 voltas (espero chegar as 5 em breve), além de ajudar a melhorar o tal do condicionamento físico, tem proporcionado a mim momentos interessantes de conversa com Deus.
Hoje, durante o intervalo de uma música que não gosto (que tocava na rádio sintonizada no meu celular), orei por minha família, por alguns amigos e líderes, agradeci pela minha vida.

Espero em breve que o bendito condicionamento físico melhore, pra poder andar de bike nessas trilhas.
Porque se eu tentar fazer isso agora, com certeza o coração não aguenta! Hehehehe... :)

segunda-feira, fevereiro 02, 2009



MEU UNIVERSO

Que sejas meu universo
Não quero dar-te só um pouco do meu tempo
Não quero dar-te um dia apenas da semana

Que sejas meu universo
Não quero dar-te as palavras como gotas
Quero que saia um dilúvio de bênçãos da minha boca

Que sejas meu universo
Que sejas tudo o que sinto e o que penso
Que de manhã seja o primeiro pensamento
E a luz em minha janela

Que sejas meu universo
Que enchas cada um dos meus pensamentos
Que a tua presença e o teu poder sejam alimento
Jesus este é o meu desejo

Que sejas meu universo
Não quero dar-te só uma parte dos meus anos
Te quero dono do meu tempo e dos meus planos

Que sejas meu universo
Não quero a minha vontade
Quero agradar-te
E cada sonho que há em mim quero entregar-te


Música cantada pelo PG, que ouvi pela primeira vez no sábado, dia 31/1/08, e que encheu meu coração de vontade de ter mais de Deus na minha vida.
Pra minha bênção e para os que me cercam.

Para ouvir a canção: http://www.mp3tube.net/br/musics/PG-Meu-universo/90762/