segunda-feira, abril 30, 2007


O britânico Paul Bonhomme venceu neste sábado (21/04/07) a segunda etapa do Red Bull Air Race, na praia de Botafogo - Rio de Janeiro. O evento atraiu por volta de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. O público tomou a praia de Botafogo, além do aterro do Flamengo, Urca, Pão de Açúcar e bairros vizinhos. Diversas embarcações também prestigiaram o verdadeiro show que os pilotos proporcionaram.As manobras arrojadas e a baixa altura, em velocidades superiores a 350 km/h, também puderam ser vistas em telões especiais, distribuidos pela organização. Aproximadamente seis milhões de espectadores presenciaram oito corridas no ano passado.

O Red Bull Air Race Etapa Rio vai entrar para a história como o maior evento esportivo em número de pessoas assistindo ao vivo num mesmo local no Brasil.



E sabe o que foi o melhor de tudo isso?
Segundo o comentarista Ruy Castro, da Band News, NENHUM boletim de ocorrência foi registrado nas delegacias próximas ao evento!
Mas sequer alguma menção na mídia foi feita sobre isso. Pelo menos, nada chegou aqui pelos cantos do interior paulista...

Mas eu não poderia deixar de registrar isso, pois numa cidade refém do medo, onde a guerra urbana patrocinada em grande parte, mas não somente, pelo tráfico de drogas, é possível acontecer um evento desse tamanho sem que coisas ruins ocorram ao mesmo tempo.
Porque para cariocas, de fato e de coração, essa cidade ainda continua maravilhosa!

Eu não gosto de Red Bull, mas hoje mesmo vou tomar um em comemoração ao fato de ser ele o patrocinador de algo tão radicalmente bonito.
Ele pode não dar asas prá gente que nem eu, mas prá aqueles pilotos, ô de dá!!! ;)

sábado, abril 28, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Respirar Você

Capital Inicial
Dinho Ouro Preto / Alvin L. / Yves Passarell

Lento como o tempo
Que não quer passar
Dorme pelos cantos
E me faz pensar
Certo como um corte
Que não quer doer
Olho pro espelho
Sem me conhecer

Vou fingir
Que nunca te vi
Vou viver
Sem ter onde ir
Até cansar
De respirar você

Alguma coisa errada
Quando um par são três
Uma vida inteira
Na primeira vez
Palavra por palavra
O que não quer dizer
Arde tanto a ponto
De enlouquecer

Amanhã vai ser outro dia, amanhã vai ser outro dia...

sexta-feira, abril 27, 2007

Antes e depois...

Pegando "carona" no post aí debaixo, curtam o antes e depois dos menudos.
Meninas, declaradamente "menudetes": divirtam-se!
Meninos: alguns de vocês estão muito melhores que eles hoje! Portanto, não "praguejem" mais! Rs.










Ray hoje é divorciado, e tem um filho.
Faz narrações para filmes publicitários da Coca-Cola, e dirige shows em seu bar em Porto Rico e canta.










Charlie hoje é ator, e um dos galãs de novelas mexicanas.
É casado e tem dois filhos.



















Roy já foi casado quatro vezes.
Tem três filhos dos casamentos anteriores. Atualmente é casado com uma brasileira, com quem teve um menino recentemente.
Tem uma corretora de imóveis com o pai em Porto Rico, e um bar temático na cidade de Campinas.










Robby é casado e tem um filho.
Participou do filme "Salsa", gravou discos solo, e é produtor musical.
Produziu os três últimos discos de Rick Martin.










Rick é o Menudo que "deu certo".
Já vendeu mais de 10 milhões de discos.
É o único que não se casou e nem teve filhos.





Que coisa...

21/05/06 - 17:55
Ex-Menudo abre bar caribenho, em Campinas.
Em 2004, o ex-Menudo Roy Rosselo, através de um programa na TV brasileira, reencontrou a filha, Bianca, que mora em Campinas, São Paulo. Desde então, ele decidiu fixar residência no Brasil. Temporariamente, deixou as investidas musicais em um grupo de lado, e decidiu montar um bar onde unirá o útil ao agradável. No próximo dia 8 de junho, Roy inaugura o Caribean Music Food & Drinks, com promessas de canjas de outros ex-Menudos que ainda estão por aqui a passeio.
O Caribean fica na Avenida Antônio Carlos Couto de Barros 2.230, no distrito de Sousas.

E não é que o moço se casou de novo, e a esposa atual, brasileira, que estava grávida, foi ter o bebê lá no hospital onde eu trabalho, no meu setor, no dia do meu plantão?!
Mas um dia Murphy inventou uma lei "sem noção" que leva o nome dele mesmo, e a nossa vida nunca mais foi a mesma... Rs.
Digo isso porque, neste exato dia, é CLARO que eu estava de folga!
E não conheci pessoalmente o Roy.
A galera do plantão disse que foi uma festa e tanto. Até a coreografia da célebre canção "Não se reprima" ele fez com as meninas. Com as meninas, claro, porque os meninos ficaram ao largo, evidentemente, praguejando e achando tudo aquilo ridículo. Exatamente como faziam há uns vinte e poucos anos atrás.
Minha frustração só não foi maior porque não era o Ray. Porque se fosse... nem sei! Rs.

O Menudo me reporta à uma fase deliciosa da minha vida.
Uma fase de inocência, onde achava que já sabia de tudo na vida, mas que obviamente ainda não sabia de quase nada.

Ficava horas esperando pelos programas de rádio que faziam entrevistas com os meninos "mais lindos do mundo".
Gastava o precioso e curto dinheiro da minha mesada comprando álbuns, figurinhas, posters e quaisquer outras coisas que estivessem à venda nas bancas de jornais, sobre os meninos da anteriormente desconhecida Ilha de Porto Rico.

Tinha botons, quadrinhos, faixas de cabelo, pulseiras e camisetas. Sem falar, é claro, nos LPs (todos) e nas fitas K7, que representavam o que havia de mais moderno na época!
Eu tinha um rádio gravador, de apenas um deck. Pouco tempo depois, meu pai comprou um "aparelho de som completo", que tinha duplo-deck!!! Nossa, foi demais!
O passatempo preferido era gravar, em fitas virgens, a seleção do que eu achava que eram as melhores músicas, e dar de presente às amigas.
Sem falar no status que aquele aparelho duplo-deck me conferiu por um bom tempo, claro.
Me lembro que fiquei mais de uma semana sem falar com a minha mãe, quando ela me proibiu de ir ao tão esperado Show do Menudo no Brasil, bem pertinho de mim, no Rio. Chorei por dias!

Hoje dou largas risadas ao me lembrar daquele episódio.
E penso em como esse nosso mundo tão louco dá voltas.
Uma pessoa que era, de uma certa forma tão inatingível em um momento, se torna tão surpreendentemente real e acessível em outro.
Por essas e outras, é impossível fazer minha mente parar de imaginar o futuro. O próximo e o mais distante.
O que estarei fazendo? Aonde estarei fazendo o quê. Com quem? De que jeito?
Não sei, ninguém sabe. Só Ele, em quem confio, e tento descansar.



segunda-feira, abril 16, 2007

A dor e a perda

A dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e emocional.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Excruciante. Me detive nessa palavra que ajuda a definir a sensação que chamamos de Dor.
No dicionário on line encontrei a palavra "torturante", usada para definí-la.

Há dois dias atrás, no último plantão, conheci uma jovem mulher que conheceu bem o significado da dor, definida como está acima. No corpo e na alma.
No meio da gestação recebeu o diagnóstico, através da ultrassonografia, que o seu bebê tinha sérios problemas renais e pulmonares. Não sobreviveria muito tempo depois do nascimento.
Ela, como qualquer mãe que deseja muito o filho, entrou naquela fase que chamamos de negação. Recusou-se a acreditar, em todo o tempo, que tal diagnóstico fosse verdadeiro.
Enfrentou, no corpo, as dores do trabalho de parto até a tão desejada "anestesia do parto", que chamamos de Analgesia.
Poucas horas depois do nascimento, depois de ficar cerca de meia hora com seu pequeno bebê nos braços -ele respirava com muita dificuldade auxiliado por um fino catéter de oxigênio-, ela recebeu a notícia de que tanto fugiu durante vários meses: seu bebê não tinha resistido às malformações de seu corpo. E então enfrentou a dor na alma. Essa sim, mais torturante que a física.
Amparada pelo companheiro, pela mãe e pela sogra, conseguiu dizer apenas uma palavra: "por quê"?

Por que perdemos o que desejamos?
Por que perdemos o que temos?
Por que perdemos o que amamos?
Por que perdemos quem amamos?
Por que a perda?

De acordo com o mesmo dicionário on line, dentre outros significados, perda é:
privação de coisa que se possuía;
extravio;
desaparecimento;
desgraça;
dano;
prejuízo;
ruína.
Todas palavras muito fortes. Difícil, muito difícil falar sobre elas.

Mas numa tentativa limitada e simplória, me detenho no primeiro conjunto de palavras usado para definir a perda: "privação de coisa que se possuía".
Com certeza, prá essa jovem mulher, essa seria a definição perfeita.
Como realizar o fato de que nunca mais será possível ter e ver seu filho, desejado e esperado?

Sei que não se deve mensurar dor e perda. Cada um sente e reage de um jeito. O que é grande prá mim, pode ser pequeno prá você, e vice-versa.
Mas mesmo sabendo disso, me atrevo a dizer que nunca senti tamanha dor, nem sofri tamanha perda. Não sei como reagiria. Não sei o que diria.

Sei apenas o que senti e o que vi naquela difícil e longa madrugada.
Vi pessoas cujo amor esfriou. Que passaram de largo, que não se compadeceram.
Mas vi gente, que como eu, sentiu o coração apertar e doer, como se aquela dor da alma e aquela perda também fossem nossas.

"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo", disse o Senhor.
Minha oração é que a verdade dessa Palavra invada os corações daquela família, e o meu coração também.
E que a "Paz que excede todo o entendimento, inunde os nossos corações, em Cristo Jesus", porque provavelmente jamais conseguiremos compreender o por que das muitas dores e perdas que sofremos.
E também das que ainda, com certeza, sofreremos nesse mundo excruciante.

quinta-feira, abril 05, 2007

Tradução de alma...

Noções

Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos. Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.

Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge. Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza, só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a. Minha virtude era esta errância por mares contraditórios, e este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é minha alma: qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário, como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...

(Cecília Meireles)