terça-feira, dezembro 11, 2007

Fidelidade, sempre.


Sou flamenguista, de coração e alma. E isso todo mundo sabe.
Em sampa, sou Corinthians por opção.
Por quê?
Porque é impossível não me identificar com A Fiel.
Motivo?
Tá aí em cima. :)

sábado, outubro 20, 2007

Quase 6 kg de papel...

... e muitas, muitas palavras escritas.
Muitas eram promessas, outras elogios.
Algumas palavras de repreensão, outras de concordância.
Várias eram referentes a planos para o futuro, muitas outras para relembrar o passado.
Umas eram palavras de outros, encaminhadas com a finalidade de dizer algo específico.
Muitas poesias, outras letras de canções, ditas para celebrar o sentimento que existia naquele momento.
Todas ditas por uma única pessoa.

Durante um bom tempo, na verdade alguns anos, fui como que prisioneira dessas palavras.
E as guardava num canto em um armário, em pastas e saquinhos plásticos.
Em vários momentos olhei para elas, e me perguntei: por que vocês ainda estão aqui?
Em todas as vezes não soube responder.
Exceto num dia de domingo, mais precisamente no dia 02/09 desse ano.
Acordei com uma daquelas sensações estranhas de "há algo que não sei o que é mas que precisa ser feito" que vêm sobre mim de vez em quando...
E quando isso acontece, um coisa eu sei: preciso me "libertar" de alguma coisa.
Mas do quê?

Levantei quase com o dia se transformando em tarde, com toda a preguiça e vagareza peculiares às horas estendidas na cama.
Fiz o mesmo "ritual" de sempre do despertar: fui ao banheiro, dei os beijos e afagadas nos caninos, fiz o café, tomei o café na frente da televisão, liguei o computador.
Ao meu lado, "o" armário. Dentro de mim, "aquela" sensação.
Olhei pro armário, abri uma de suas portas, e lá estava o motivo daquela estranha sensação: as palavras.
Todas arrumadinhas naquele canto.
Naquele momento não tive mais dúvidas.
Num capricho, levei-as até a balança do banheiro: quase 6kg!
Mas não me surpeendi...
Dentro de mim algo queimava...

Palavras são como fogo (dependendo de como são ditas), já diziam muitos poetas.
E foi nesse momento que eu soube o que tinha que fazer.
Nenhuma dúvida, nenhum sentimento de perda, nenhuma "sensação estranha" mais...
Só a certeza de que só o fogo poderia ser capaz de colocar um ponto final naquela fase da minha vida, materializada ali por aqueles quase 6kg de papel.

Retirei as folhas dos seus saquinhos e pastas.


Rasguei todas elas em quatro partes.



Improvisei uma fornalha, e as dispus dentro dela.



Lentamente o fogo iniciou seu processo.



Mas logo se intensificou.


Não preciso nem dizer, mas é claro que tudo se transformou em um monte de cinzas.
Mas a imagem das cinzas não precisa ficar registrada.
Percebi que o que vivi foi importante.
Teve significado.
Me fez crescer.
Hoje faz parte de mim, da minha história.

O fogo "limpou e purificou" todo resquício de qualquer sentimento ruim.
As cinzas foram levadas pelo vento.
As lembranças boas e o aprendizado ficam.
Pra sempre, enquanto eu viver.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Honra, a quem merece honra.

No dia 31 de agosto de 2007 o mundo ficou menos divertido.
Partiu para os braços do Pai minha querida Tia Judith.
Serva de Deus, em primeiro lugar, e mãe de uma das pessoas mais presentes em minha vida, especialmente na infância, a minha madrinha.
(Sim, tenho uma madrinha, de batismo mesmo, aquele da Igreja Católica. Meu pai ainda não havia se convertido ao protestantismo quando nasci.)

Mas Tia Judith era dona de um senso de humor muito peculiar.
Não havia "tempo ruim" prá ela.
Exceto agora, bem no finalzinho de sua vida, já com a lucidez prejudicada no alto de seus 89 anos, e pela limitação a uma cadeira de rodas (culpa de um tombo onde fraturou o fêmur D, se não me engano, que lhe rendeu uma cirurgia complicada e de recuperação dolorosa), não me lembro de ouvir reclamação dela por coisa alguma.
Tudo era motivo de piada. Nada, nada mesmo lhe passava despercebido.
Tudo era motivo prá dar uma boa gargalhada. E QUE gargalhada! Era impossível não rir junto.
Muitas vezes ela chorava de rir e nem sabia o porquê.
Se tinha dinheiro, tava bom.
Se não tinha, tava bom do mesmo jeito, pois dizia: "Deus proverá, minha filha!".
Se acordava sem "aquela dor nas juntas", tudo bem. Se acordava, dizia mais ou menos assim:
"É, ficar velha é uma M..., minha filha!". E logo vinha a larga gargalhada.
Topava qualquer parada, qualquer passeio, qualquer aventura.

Enfrentou a decepção de ver a filha (que com muito sacrifício dela se formou na faculdade) abandonar um excelente emprego e futuro promissor em uma grande empresa, para "casar" com uma pessoa que ela "sabia que a faria sofrer". E como fez...
Mas mesmo assim a apoiou e suportou em todos os momentos.
E não havia, no mundo inteirinho, filha mais linda, talentosa e maravilhosa como a dela!!!

Enfrentou com intrepidez a doença e morte do marido tão querido, que dela "foi levado tão cedo". Com a ida dele, teve que vender o Fusquinha Azul, parceiro de tantas "aventuras" com o Zezinho, seu companheiro por quase 40 anos. E como foi duro prá mim ver aquela garagem vazia, sem o fusquinha que eu sonhava dirigir quando fizesse 18 anos...
(Acho que é por isso que sou tão apaixonada, até hoje, pelos fuscas.)
Mas ela disse: "Ele vai alegrar a vida de outra falmília!" E tal qual a um filho, disse à ele para que se "comportasse bem, não quebrasse nunca, e não bebesse muito óleo!". Rs.
E até no dia do enterro do Tio Zezinho ela fez graça.
Como ele era presbiteriano, ela disse: "Ai meu Deus, será que ele foi pro céu?"
Afinal de contas, os batistas sempre implicaram com os "primos" presbiterianos por causa da diferente doutrina. E COMO ela era batista! Rs.

Amava a Igreja Batista do Tauá, na Ilha do Governador/RJ, que ajudou a fundar e construir, literalmente.
Me lembro bem da dedicação ao Coral Gláucia Leite, que tinha uma beca pesada e quente, na cor vinho. E a beca também foi motivo de piada muitas vezes, claro!
Ela tinha uma voz gostosa e melodiosa, assim como minha avó e todas as outras irmãs, e gostava de ensinar aos sobrinhos-netos suas "versões" para muitas músicas do cancioneiro da música popular brasileira.
E como eram divertidas essas versões! Lembro de apenas uma, que jamais esqueci.
A letra dela está no final de todas essas palavras. Minha avó, mais recatada e rígida, brigou muito com ela por causa dessas músicas "horrorosas"...

Se ela ligava prás "críticas" às suas obras? Imagina!
Aí é que ela cantava muitas e muitas vezes mais! Prá todo mundo ouvir!
Mas não se assuste!
Como eu disse, ela era uma pessoa que tinha um senso de humor MUITO peculiar!!! Rs.

Com certeza eu "herdei" muitas coisas dela. Não sei se pelo DNA, mas pela convivência com certeza!
Aprendi muitas das minhas caretas com ela.
Foi ela quem me ensinou todas as piadas que aprendi na infância.
Muitas de minhas travessuras ela acobertou (e tinha que ter um dom especial para isso!).
Aprendi que para o café ficar bom, é preciso por pelo menos 4 colheres de pó no coador.
Ela colocava sempre 2, e o café ficava mais para "chafé"!
Aprendi que se a porta do forno for aberta mais de uma vez enquanto o bolo está assando, há quase que 100% de chance dele "solar".
Mas ainda assim, aqueles chafés com bolos solados eram uma delícia! Que saudade...

Não pude ir ao sepultamento, por causa dos compromissos profissionais, e pelos 500 km de distância.
Mas não fiquei triste com isso. Engraçado...
Percebi que a alegria que ela deixou plantada no meu coração foi consolo suficiente.
Não tinha derramado sequer uma lágrima, até agora, enquanto escrevo essas tantas linhas.

Sei que descansou daquele corpo frágil e limitado de cerca de 38 kg.
Sei aonde ela está.
Cantando no coro celestial, com certeza!
E nos intervalos dos cânticos, deve estar contando alguma piada aos anjos e santos, deixando o céu mais divertido!


A música:

Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambucano (1914)

(2ª parte da canção)
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

Quando vermelha no sertão desponta a lua Dentro da alma flutua, também rubra nasce a dor E a lua sobe e o sangue muda em claridade E a nossa dor muda em saudade Branca assim da mesma cor

A versão:


by Tia Judith, lá por meados de 1984:

Não há coisa melhor do que cagar no urinol
Não há coisa melhor do que cagar no urinol

A gente senta na beirada do penico
Parecendo gente rico com vontade de defecar
Estufa o peito, estufa a veia do pescoço
Caga fino e caga grosso
Caga até o cu rachar


Agora acho que vocês podem imaginar como era a mais querida de todas as minhas tias-avós, não??? Hehehehe.

terça-feira, agosto 28, 2007

Há quase 2 meses atrás, meu cunha me deu um livro, e disse mais ou menos assim: Lê tudo, porque nesse livro tem informações importantíssimas prá quem quer casar.
Bom, na época eu nem pensava nisso, francamente.
Mas agradeci pelo empréstimo do livro, e no fundo fiquei feliz com as palavras dele, pois nas entrelinhas, significava que eu tinha a sua aprovação prá "entrar na família". Rs. E quem conhece o meu cunhado, sabe que essa minha satisfação tem fundamento! (Cunha, te amo!)
Olhei para o livro, o livro olhou prá mim, e ficou na estante até ontem, quando decidi finalmente começar a lê-lo. Levei-o pro Hospital, porque tinha a sensação de que teria uma noite mais tranquila.
Estava certa. Mas li somente os quatro primeiros capítulos, pois fui interrompida por uma gestante em trabalho de parto. Tudo bem, são os ossos do ofício, afinal eu estava aproveitando um raro momento de tranquilidade durante o meu plantão na madrugada de hoje.
Durante a leitura desses 4 capítulos, percebi como tenho tratado mal o meu dinheiro.
Como tenho investido errado. Impressionante como as escamas caem dos olhos depois de uma confrontação dessas.
O livro tem 12 capítulos. Isso quer dizer que li apenas 1/3 dele. E se não fosse o sono que quase me consome agora, fruto de uma noite inteira acordada, acho que "devoraria" os 8 capítulos restantes...
O nome do livro! Sim, já ia me esquecendo... 'Investimentos - Como administrar melhor o seu dinheiro', de Mauro Halfeld.
Espero aprender, para que eu não precise mais ficar "correndo atrás" do meu dinheirinho todo final de cada mês... Rs.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Quando alguém está no lugar certo, na hora certa, e tem uma câmera, tira A FOTO!!!


sexta-feira, agosto 10, 2007

E ainda tem gente que não acredita em Deus...


A auxiliar administrativa Daniela Camargo, de 26 anos, passará nesta sexta-feira por uma intervenção cirúrgica no quadril, fraturado na última terça-feira. Ela já foi operada no punho esquerdo.

"Daniela ficou presa por mais de três horas nas ferragens do próprio carro. Ela teve o veículo, um Fiat Uno prata, prensado entre um caminhão betoneira carregado de concreto e um ônibus, no semáforo das avenidas Francisco de Paula Souza e Jorge Tibiriçá, no Jardim dos Oliveiras, em Campinas, interior de São Paulo."



Por volta das 18h30, Daniela havia acabado de sair do trabalho - a emissora afiliada à rede Globo, EPTV Campinas - quando parou no sinal vermelho atrás do ônibus fretado de funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da empresa Exclusiva. Segundos depois, o caminhão da empresa Concrelongo, carregado de concreto, prensou o veículo da auxiliar administrativa contra o ônibus. Quase todo o carro ficou entre a traseira do ônibus e a dianteira do caminhão.

O procedimento acontecerá no Hospital e Maternidade Madre Theodora, onde ela já foi operada no punho esquerdo.

(Com Cosmo On Line)


O lugar onde aconteceu o acidente é mais conhecido como o "Balão da Morte".
Há tempos atrás, era o lugar recordista de acidentes em Campinas com vítimas, a maioria fatais.
Hoje, depois de investimentos em radares de velocidade e nos semáforos, além de uma reformulação das pistas, houve uma significativa redução nos acidentes nesse local.
Passo sempre por ali, e nunca presenciei um acidente de grandes proporções como este.

Mas vendo o vídeo e as fotos do acidente, é impossível não pensar que a mão de Deus estava ali, naqueles 30 cm que sobrou do carro, entre o ônibus e o caminhão, ampliando sobrenaturalmente esse espaço onde Daniela estava.

E honra seja dada aos "heróis reais" desse episódio:

ao motorista do ônibus fretado da Unicamp (cujo nome não encontrei descrito em nenhum lugar, infelizmente), que ficou com o pé no freio por 3 horas para que o ônibus não se deslocasse nem um centímetro a mais de onde estava;
aos bombeiros que retiraram Daniela daquele monte de ferro retorcido sem nenhum arranhão a mais.

Que Deus os abençoe ricamente!

terça-feira, julho 03, 2007

Coruja, eu?



Bom, desde que voltei para o plantão noturno, quando pessoas que costumavam me ver durante o dia no hospital, me encontram e dizem "nossa, você sumiu!", ou "por onde você anda?", ou até mesmo "tava de férias, menina?", eu respondo: "não, agora virei coruja!".
Digo isso porque achava, isso mesmo, ACHAVA, que ser comparada às corujinhas, aves de hábitos tipicamente noturnos, era melhor do que ser comparada àqueles mamíferos alados, os morcegos. Realmente muito feios, os morcegos.

Mas dias atrás, nos meus "navegamentos" de rotina na internet, vi essa foto daí de cima dos filhotinhos das companheiras noturnas corujas. E descobri o quanto eles são esquisitos, prá não dizer hor-ro-ro-sos! Tudo bem, eles crescem, ficam mais simpáticos quando adultos (apesar daqueles olhões que vão de um lado pro outro de um jeito meio medonho). Mas não dá prá ignorar tamanha feiúra, ainda mais na fase baby, onde a maioria absoluta dos bichos é mais bonitinha.

Sim, eu era MUITO mais bonitinha quando era criança!
E é bem verdade que não continuo fazendo jus à formosura da minha fase baby. Mas até que sou bem simpatiquinha, e acho que não mereço tamanha comparação depreciativa! Rs.
Os amantes das nossas amigas noturnas que me perdoem, mas decidi: não, não sou uma coruja!

quarta-feira, junho 20, 2007

O Orkut

O Orkut é uma comunidade on-line que conecta pessoas através de uma rede de amigos confiáveis.Proporcionamos um ponto de encontro on-line com um ambiente de confraternização, onde é possível fazer novos amigos e conhecer pessoas que têm os mesmos interesses.
Participe do orkut para estabelecer seu círculo social e se conectar a ele.


Pois bem.
Tem muita gente que abomina esse site de relacionamentos.
Eu, porém, quero deixar aqui registrado o meu apreço por ele.
Não vou dizer que minha vida é dividida em A.O. (antes do orkut) e D.O. (depois do orkut), como ouvi uma criatura nada digna de nota dizer. Rs.
Mas que é verdade que a existência dele me trouxe somente (pelo menos por enquanto) coisas positivas, isso é.

Reencontrei grandes e velhos amigos.
Revi primos que há muito não via, e conheci (virtualmente) outros.
Descobri que minha aparência não está tão ruim como eu julgava que estivesse (rs!), mas é evidente que precisa ser melhorada!
Percebi que conheço mais gente do que imaginava, e que a maior parte dessa gente diz que gosta muito de mim (espero que sejam sinceros!).
Através dele reencontrei e convivo (apesar de conheçê-lo desde os 8 anos de idade, rs) com aquele que espero que seja o grande amor da minha vida!

Ainda sinto falta do bom e velho mundo antigo, aquele em que tínhamos mais contato físico com as pessoas, e onde as coisas não eram tão instantâneas e imediatas como no mundo virtual. Mas que este tem seus méritos, ah tem.
Hoje mesmo "falava" (ou seria mais correto dizer teclava?) com uma amiga nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que "conversava" com meu namorado que está no Norte do Estado do Rio, e batia um papo com um amigo que estava na capital carioca.
Pois é. Mérito seja dado ao mundo virtual.
O Orkut faz parte desse mundo; mas prá mim ele bem que tem funcionado como se fizesse parte do antigo...

E fico muito feliz por isso!
:)

segunda-feira, junho 04, 2007

Recebi esse texto há uns dias atrás no meu e-mail e quase passei mal de tanto rir...
Vale a pena deixar registrado aqui! :)

O Frio é Relativo

30ºC ou mais:
Baianos vão à praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Cariocas vão à praia e jogam futebol.
Mineiros comem um feijão tropeiro.
Paulistas estão no litoral e enfrentam 2 horas de fila nas padarias e supermercados da região.
Curitibanos esgotam os estoques de protetor solar e isotônicos da cidade.

25ºC:
Baianos não deixam os filhos saírem ao vento após 17h.
Cariocas vão à praia, mas não entram na água.
Mineiros comem um "queijin" na sombra.
Paulistas fazem churrasco nas suas casas do litoral e ainda entram na água.
Curitibanos reclamam do calor e não fazem esforço devido ao esgotamento físico.

20ºC:
Baianos mudam os chuveiros para a posição "Inverno" e ligam o ar quente das casas e veículos.
Cariocas vestem um moletom.
Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas decidem deixar o litoral, começa o trânsito de volta para casa.
Curitibanos tomam sol no parque.

15ºC:
Baianos tremem incontrolavelmente de frio.
Cariocas se reúnem para comer fondue de queijo.
Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta do litoral.
Curitibanos ainda dirigem com os vidros abaixados.

10ºC:
Decretado estado de calamidade na Bahia.
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
Paulistas agora estão presos nos congestionamentos na cidade de São Paulo.
Curitibanos botam uma camisa de manga comprida.

5ºC:
Bahia entra no armagedon.
Cesar Maia lança a candidatura do Rio para as Olimpíadas de inverno.
Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha, que já se assemelha a uma fogueira de São João.
Paulistas vão a pizzarias e shopping centers com a família.
Curitibanos fecham as janelas de casa.

0ºC:
Não existe mais vida na Bahia.
No Rio, Cesar Maia veste 7 casacos e lança o "snoubórdi in Rio".
Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
Paulistas vão para Campos do Jordão e enfrentam 2 horas de fila para sentarem em restaurantes e barzinhos.
Curitibanos fazem um churrasco no pátio... antes que esfrie.

quarta-feira, maio 30, 2007

Está descrita aí abaixo a razão da tristeza do último dia...
Ah se pudéssemos voltar o tempo...
Que Deus console a família, e que transforme essa tragédia em algo bom, pois só Ele pode fazer isso.
Você fará muita falta, amigo. :(

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL44296-5605,00.html

Em meio a tristeza imensa do último dia, esse episódio da Mafalda me fez rir na madrugada de hoje.

sábado, maio 26, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Meu Jardim
(Composição Vander Lee)

relendo minha lida, minha alma, meus amores
revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim.


Há um certo tempo, não saberia precisar quanto, uma pessoa cuja opinião é importante me disse que eu deveria "cuidar do meu jardim, para que as borboletas viessem até ele".
Eu já havia recebido, uma dezena de vezes, um e-mail (daqueles editados em pps) com um texto semelhante a isso.
Li-o apenas na primeira vez em que o recebi. Li, mas confesso que não prestei muita atenção.
Depois foi uma sequência de "excluir", um após o outro.

Mas na verdade, só ontem, enquanto encarava um congestionamento daqueles na Rodovia que utilizo para vir pro trabalho, é que parei pra pensar nisso. Nessa metáfora, representada pelas borboletas e pelo jardim. E isso aconteceu enquanto ouvia a música aí de cima no rádio do carro.
Tirando a parte do "soprar o anjinho", essa letra me incomodou naquela meia-hora de engarrafamento, causada por um acidente sem grandes proporções na pista.

Incomodar. Essa foi a palavra chave de tudo, eu acho.
E percebi que, ao contrário do que parece, o incômodo não é algo ruim todas as vezes.
Tem certos incômodos, como o que me "cutucou" na noite de ontem, e durante quase toda a madrugada de hoje, que vêm pra acrescentar. Pra fazer a gente ponderar, pensar, refletir.
O resultado do incômodo? Bom, esse eu ainda não tenho. Mas espero que não demore.

sexta-feira, maio 18, 2007

Todo mundo gosta de carinho.

Carinho de pai e mãe é sempre muito bom.
Tem gente que tem de um, mas não de outro.
Mas tem muita gente que não tem de nenhum.
E tem muita gente que nunca terá, infelizmente.
Tem gente que "ganha" presente no lugar do carinho.
Mas, felizmente, ainda tem gente que sabe o que é receber esse tipo de carinho.



Tem carinho inesperado...


Mas que é bom de todo o jeito!

Pode até ser babado, ninguém liga.

O importante é ser sincero, espontâneo.




Tem carinho que surpreende...

Vem de repente, de gente que você nem imaginava.

É aconchegante, acalenta.



Tem carinho que até parece agressivo...

Mas que é uma delícia!
Do tipo que a gente não troca por nada nesse mundo.
Quanto mais, melhor!


Inesperado, surpreendente, até agressivo, não importa.
O importante é que ele venha.
Se for prá sempre, muito melhor!
Mas se vier passageiro, momentâneo, que seja muito bem vindo também!





quinta-feira, maio 17, 2007

Mais uma!!!

Dia 06 de maio de 2007. Mais uma conquista! Não poderia deixar de estar aqui.
Indiscutivelmente, essa foi uma vitória contra tudo e contra todos.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!!!

quinta-feira, maio 10, 2007

A Estrada, o Beetle e a Maresia.

Todo mundo que me conhece sabe como eu gosto de dirigir.
E todo mundo que me conhece também, sabe do quanto eu gosto do Beetle-Juice.
Para os que ainda não sabem, e para muitos os que sabem, o Beetle é um carro.
Mas prá mim, e também para alguns que me conhecem (rs), ele é bem mais do que um simples meio de transporte. É um amigo.
Uns podem até achar isso um devaneio, mas eu nem ligo. Ele é um amigo, e pronto.
E como todo amigo gosta de estar perto de outro amigo, conosco não poderia ser diferente.
Ainda mais quando a gente pode ficar junto fazendo algo que gostamos muito: "pegando" a Estrada!
(Na verdade, a Estrada e o Beetle tem um caso de amor... Mas não digam à ele que eu revelei isso, hein?! No fundo, no fundo, ele é muito tímido...)
Eu entro com os meus dois pés, e ele com os seus quatro. (E ele está de sapatos novos! Chique que só!)
É bem verdade que de vez em quando meu pé direito, sempre mais afoito que o esquerdo, dá uma canseira nos quatro do Beetle, mas logo eles entram em acordo...

E assim a gente vai seguindo! Curtindo cada pedacinho das três rodovias que já fazem parte da nossa vida há quase 10 anos. Isso mesmo, 10 anos! E como o tempo passou rápido... Passou prá mim, porque pro Beetle... imagina! Continua com a mesma carinha. (É verdade que, por culpa minha, ele precisou de duas internações prá umas plásticas, sendo uma delas bem delicada... Mas nada que tenha abalado nossa amizade. Porque amizade de verdade é assim: suporta tudo nessa vida!)
E também assim a gente vai vivendo. Fundindo nossas histórias, vivendo bons e maus momentos, alguns inesquecíveis!
Amanhã, a esta mesma hora, ele e eu vamos curtir mais uma "estradaterapia" juntos!
E olha que a gente anda precisando muito disso!!! Tanto ele quanto eu, acho que na mesma proporção!

Vamos ao encontro de uma outra grande amiga, que fazemos questão de visitar sempre que dá, se possível todo mês: a Maresia. Tão essencial é ela nas nossas vidas, que eu costumo dizer que ela é elemento integrante do meu sangue; e porque não dizer, elemento integrante também dos fluidos do Beetle. A gente até é capaz de medir a "taxa" dela em nós! Rs.

Posso dizer, com certeza, que sou uma pessoa privilegiada.
Tenho muitos amigos. Os de carne e osso, e outros mais "distintos".
E quando esses meus três amigos distintos se juntam, quem mais sai ganhando sou eu, porque é alegria na certa!
É uma mistura infalível que gera uma gostosa sensação de liberdade e felicidade:
A Estrada, o Beetle, e a Maresia.

terça-feira, maio 08, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Ai, Quem Me Dera
Vinicius de Moraes

"Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai, quem me dera ver morrrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor

Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais

Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim"

Ontem eu estava triste.
Agora é madrugada, e eu continuo assim.

quinta-feira, maio 03, 2007

Ayrton Senna da Silva



No último dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, o Brasil lembrou dos 13 anos da morte de um dos maiores ídolos do esporte nacional, Ayrton Senna. Em 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, o brasileiro escapou com grande velocidade na curva Tamburello e se chocou fortemente contra o muro, acidente que acabou pondo fim a sua carreira vitoriosa no automobilismo.

Ayrton Senna recebeu neste dia uma homenagem no autódromo Enzo e Dino Ferrari, local do acidente que vitimou o brasileiro há exatos 13 anos. A cerimônia foi realizada junto ao monumento erguido na curva Tamburello, e contou com a participação de fãs e admiradores do ex-piloto.



Coincidência ou não, o evento ocorreu alguns dias após a sentença da Corte de Cassação Italiana, que responsabilizou o diretor da Williams em 1994, Patrick Head, pelo acidente fatal. Segundo o tribunal, a causa do acidente que levou à morte do brasileiro foi a "ruptura da barra de direção, devido a modificações mal projetadas e mal executadas". Apesar da decisão, Head, que havia apelado à sentença em primeiro e segundo graus, não será condenado, pois o caso prescreveu devido aos treze anos transcorridos.



Recentemente, o chefão da F-1, Bernie Ecclestone, reafirmou sua admiração por Senna, que o considera como o "maior piloto de todos os tempos”.


Me lembro perfeitamente daquele dia. Um domingo de manhã. Dia quente, nublado, sem vento. Estava em Bangú, Rio, com R., meu namorado na época, indo para a Igreja que ele frequentava. Passávamos em frente a um açougue, acho, quando ouvimos a notícia pela televisão.
Ainda confusos com a notícia, que não era clara o suficiente para sabermos o que de fato estava acontecendo, chegamos a Igreja. A liturgia do culto havia sido interrompida, pois o Pastor tinha convocado a todos para que orassem em favor do "brilhante jovem piloto". E todos obedeceram. Oravam como se o estivessem fazendo por algum familiar ou amigo muito próximo e íntimo.
Uns choravam. Alguns como eu, mais discretamente, outros porém copiosamente.
Não demorou muito para que todos soubessem do final daquela triste história.
E aquele domingo não foi mais o mesmo. Pra ninguém.

Nunca mais consegui assistir a uma corrida de Fórmula 1 por mais de 5 minutos.
Nunca mais os "domingos de velocidade" foram os mesmos.
Nem nunca mais serão.
A nova geração de pilotos que me perdoe.

segunda-feira, abril 30, 2007


O britânico Paul Bonhomme venceu neste sábado (21/04/07) a segunda etapa do Red Bull Air Race, na praia de Botafogo - Rio de Janeiro. O evento atraiu por volta de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. O público tomou a praia de Botafogo, além do aterro do Flamengo, Urca, Pão de Açúcar e bairros vizinhos. Diversas embarcações também prestigiaram o verdadeiro show que os pilotos proporcionaram.As manobras arrojadas e a baixa altura, em velocidades superiores a 350 km/h, também puderam ser vistas em telões especiais, distribuidos pela organização. Aproximadamente seis milhões de espectadores presenciaram oito corridas no ano passado.

O Red Bull Air Race Etapa Rio vai entrar para a história como o maior evento esportivo em número de pessoas assistindo ao vivo num mesmo local no Brasil.



E sabe o que foi o melhor de tudo isso?
Segundo o comentarista Ruy Castro, da Band News, NENHUM boletim de ocorrência foi registrado nas delegacias próximas ao evento!
Mas sequer alguma menção na mídia foi feita sobre isso. Pelo menos, nada chegou aqui pelos cantos do interior paulista...

Mas eu não poderia deixar de registrar isso, pois numa cidade refém do medo, onde a guerra urbana patrocinada em grande parte, mas não somente, pelo tráfico de drogas, é possível acontecer um evento desse tamanho sem que coisas ruins ocorram ao mesmo tempo.
Porque para cariocas, de fato e de coração, essa cidade ainda continua maravilhosa!

Eu não gosto de Red Bull, mas hoje mesmo vou tomar um em comemoração ao fato de ser ele o patrocinador de algo tão radicalmente bonito.
Ele pode não dar asas prá gente que nem eu, mas prá aqueles pilotos, ô de dá!!! ;)

sábado, abril 28, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Respirar Você

Capital Inicial
Dinho Ouro Preto / Alvin L. / Yves Passarell

Lento como o tempo
Que não quer passar
Dorme pelos cantos
E me faz pensar
Certo como um corte
Que não quer doer
Olho pro espelho
Sem me conhecer

Vou fingir
Que nunca te vi
Vou viver
Sem ter onde ir
Até cansar
De respirar você

Alguma coisa errada
Quando um par são três
Uma vida inteira
Na primeira vez
Palavra por palavra
O que não quer dizer
Arde tanto a ponto
De enlouquecer

Amanhã vai ser outro dia, amanhã vai ser outro dia...

sexta-feira, abril 27, 2007

Antes e depois...

Pegando "carona" no post aí debaixo, curtam o antes e depois dos menudos.
Meninas, declaradamente "menudetes": divirtam-se!
Meninos: alguns de vocês estão muito melhores que eles hoje! Portanto, não "praguejem" mais! Rs.










Ray hoje é divorciado, e tem um filho.
Faz narrações para filmes publicitários da Coca-Cola, e dirige shows em seu bar em Porto Rico e canta.










Charlie hoje é ator, e um dos galãs de novelas mexicanas.
É casado e tem dois filhos.



















Roy já foi casado quatro vezes.
Tem três filhos dos casamentos anteriores. Atualmente é casado com uma brasileira, com quem teve um menino recentemente.
Tem uma corretora de imóveis com o pai em Porto Rico, e um bar temático na cidade de Campinas.










Robby é casado e tem um filho.
Participou do filme "Salsa", gravou discos solo, e é produtor musical.
Produziu os três últimos discos de Rick Martin.










Rick é o Menudo que "deu certo".
Já vendeu mais de 10 milhões de discos.
É o único que não se casou e nem teve filhos.





Que coisa...

21/05/06 - 17:55
Ex-Menudo abre bar caribenho, em Campinas.
Em 2004, o ex-Menudo Roy Rosselo, através de um programa na TV brasileira, reencontrou a filha, Bianca, que mora em Campinas, São Paulo. Desde então, ele decidiu fixar residência no Brasil. Temporariamente, deixou as investidas musicais em um grupo de lado, e decidiu montar um bar onde unirá o útil ao agradável. No próximo dia 8 de junho, Roy inaugura o Caribean Music Food & Drinks, com promessas de canjas de outros ex-Menudos que ainda estão por aqui a passeio.
O Caribean fica na Avenida Antônio Carlos Couto de Barros 2.230, no distrito de Sousas.

E não é que o moço se casou de novo, e a esposa atual, brasileira, que estava grávida, foi ter o bebê lá no hospital onde eu trabalho, no meu setor, no dia do meu plantão?!
Mas um dia Murphy inventou uma lei "sem noção" que leva o nome dele mesmo, e a nossa vida nunca mais foi a mesma... Rs.
Digo isso porque, neste exato dia, é CLARO que eu estava de folga!
E não conheci pessoalmente o Roy.
A galera do plantão disse que foi uma festa e tanto. Até a coreografia da célebre canção "Não se reprima" ele fez com as meninas. Com as meninas, claro, porque os meninos ficaram ao largo, evidentemente, praguejando e achando tudo aquilo ridículo. Exatamente como faziam há uns vinte e poucos anos atrás.
Minha frustração só não foi maior porque não era o Ray. Porque se fosse... nem sei! Rs.

O Menudo me reporta à uma fase deliciosa da minha vida.
Uma fase de inocência, onde achava que já sabia de tudo na vida, mas que obviamente ainda não sabia de quase nada.

Ficava horas esperando pelos programas de rádio que faziam entrevistas com os meninos "mais lindos do mundo".
Gastava o precioso e curto dinheiro da minha mesada comprando álbuns, figurinhas, posters e quaisquer outras coisas que estivessem à venda nas bancas de jornais, sobre os meninos da anteriormente desconhecida Ilha de Porto Rico.

Tinha botons, quadrinhos, faixas de cabelo, pulseiras e camisetas. Sem falar, é claro, nos LPs (todos) e nas fitas K7, que representavam o que havia de mais moderno na época!
Eu tinha um rádio gravador, de apenas um deck. Pouco tempo depois, meu pai comprou um "aparelho de som completo", que tinha duplo-deck!!! Nossa, foi demais!
O passatempo preferido era gravar, em fitas virgens, a seleção do que eu achava que eram as melhores músicas, e dar de presente às amigas.
Sem falar no status que aquele aparelho duplo-deck me conferiu por um bom tempo, claro.
Me lembro que fiquei mais de uma semana sem falar com a minha mãe, quando ela me proibiu de ir ao tão esperado Show do Menudo no Brasil, bem pertinho de mim, no Rio. Chorei por dias!

Hoje dou largas risadas ao me lembrar daquele episódio.
E penso em como esse nosso mundo tão louco dá voltas.
Uma pessoa que era, de uma certa forma tão inatingível em um momento, se torna tão surpreendentemente real e acessível em outro.
Por essas e outras, é impossível fazer minha mente parar de imaginar o futuro. O próximo e o mais distante.
O que estarei fazendo? Aonde estarei fazendo o quê. Com quem? De que jeito?
Não sei, ninguém sabe. Só Ele, em quem confio, e tento descansar.



segunda-feira, abril 16, 2007

A dor e a perda

A dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e emocional.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Excruciante. Me detive nessa palavra que ajuda a definir a sensação que chamamos de Dor.
No dicionário on line encontrei a palavra "torturante", usada para definí-la.

Há dois dias atrás, no último plantão, conheci uma jovem mulher que conheceu bem o significado da dor, definida como está acima. No corpo e na alma.
No meio da gestação recebeu o diagnóstico, através da ultrassonografia, que o seu bebê tinha sérios problemas renais e pulmonares. Não sobreviveria muito tempo depois do nascimento.
Ela, como qualquer mãe que deseja muito o filho, entrou naquela fase que chamamos de negação. Recusou-se a acreditar, em todo o tempo, que tal diagnóstico fosse verdadeiro.
Enfrentou, no corpo, as dores do trabalho de parto até a tão desejada "anestesia do parto", que chamamos de Analgesia.
Poucas horas depois do nascimento, depois de ficar cerca de meia hora com seu pequeno bebê nos braços -ele respirava com muita dificuldade auxiliado por um fino catéter de oxigênio-, ela recebeu a notícia de que tanto fugiu durante vários meses: seu bebê não tinha resistido às malformações de seu corpo. E então enfrentou a dor na alma. Essa sim, mais torturante que a física.
Amparada pelo companheiro, pela mãe e pela sogra, conseguiu dizer apenas uma palavra: "por quê"?

Por que perdemos o que desejamos?
Por que perdemos o que temos?
Por que perdemos o que amamos?
Por que perdemos quem amamos?
Por que a perda?

De acordo com o mesmo dicionário on line, dentre outros significados, perda é:
privação de coisa que se possuía;
extravio;
desaparecimento;
desgraça;
dano;
prejuízo;
ruína.
Todas palavras muito fortes. Difícil, muito difícil falar sobre elas.

Mas numa tentativa limitada e simplória, me detenho no primeiro conjunto de palavras usado para definir a perda: "privação de coisa que se possuía".
Com certeza, prá essa jovem mulher, essa seria a definição perfeita.
Como realizar o fato de que nunca mais será possível ter e ver seu filho, desejado e esperado?

Sei que não se deve mensurar dor e perda. Cada um sente e reage de um jeito. O que é grande prá mim, pode ser pequeno prá você, e vice-versa.
Mas mesmo sabendo disso, me atrevo a dizer que nunca senti tamanha dor, nem sofri tamanha perda. Não sei como reagiria. Não sei o que diria.

Sei apenas o que senti e o que vi naquela difícil e longa madrugada.
Vi pessoas cujo amor esfriou. Que passaram de largo, que não se compadeceram.
Mas vi gente, que como eu, sentiu o coração apertar e doer, como se aquela dor da alma e aquela perda também fossem nossas.

"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo", disse o Senhor.
Minha oração é que a verdade dessa Palavra invada os corações daquela família, e o meu coração também.
E que a "Paz que excede todo o entendimento, inunde os nossos corações, em Cristo Jesus", porque provavelmente jamais conseguiremos compreender o por que das muitas dores e perdas que sofremos.
E também das que ainda, com certeza, sofreremos nesse mundo excruciante.

quinta-feira, abril 05, 2007

Tradução de alma...

Noções

Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos. Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.

Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge. Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza, só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a. Minha virtude era esta errância por mares contraditórios, e este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é minha alma: qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário, como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...

(Cecília Meireles)

quinta-feira, março 29, 2007

De volta à realidade...

As férias.

Não foram exatamente com planejei.
Não pude ir à BH, por exemplo. Mas oportunidade não há de faltar, com certeza. Quanto à taxa de maresia no sangue, ah essa sim, renovadíssima!!! Até consegui ficar semi-morena...

Mas infelizmente esses pequenos prazeres da vida acabam logo. As férias já estão na lembrança, a taxa de maresia insiste em cair de novo e a pele morena vai-se embora a cada nova chuveirada. Inclusive já identifiquei duas novas sardas. Mas ao contrário do que pensava na adolescência, hoje elas são muito bem vindas!

Vi, revi e conheci pessoas.
Fiz visitas maravilhosas.
Dormi em camas diferentes e boas, algumas já conhecidas, mas senti bastante a falta da minha.

Ajudei minha melhor amiga na festa de dois anos de seu filho. Enchi bexigas -os cariocas que me perdoem, mas já adotei esse termo-, enrolei docinhos e os comi, com excessão do beijinho, aquele doce horroroso, cheio de côco. Também estourei muitas bexigas depois da festa, claro!
Vi um filme muito bom, Babel, num espaço cultural maravilhoso na Gávea, o Instituto Moreira Salles. Depois comi um sanduíche light delicioso, acompanhado por refrigerante light e batatas fritas nada lights, na companhia de minha amiga D.
Comi biscoito Globo na praia.
Comi um dos melhores bacalhaus da minha vida na casa de um casal de amigos muito queridos, I e M.
Comi de novo o croquete e o sanduíche de linguiça da Casa do Alemão, depois de muito tempo.

Percebi o quanto preciso emagrecer.

Fui de novo à Madureira depois de muuuitos anos, e lá comprei um pijama novo, com detalhes em cor-de-rosa (e isso é incrível!).
Andei de novo pelas ruas da Tijuca.
Usei muito meu novo All Star vermelho.
Comprei uma bolsa com babadinhos, flores em croché, e alguns brilhinhos. Bem mulherzinha, ao contrário do All Star.

Me entristeci com algumas questões de família.
Muito me alegrei com algumas respostas de Deus!

Mas a vida continua, com a rotina do dia-a-dia dizendo de novo "oi", e uma estranha sensação de felicidade e alívio por estar de volta.

quinta-feira, março 08, 2007

Mais uma!!!


Mais uma indiscutível vitória...
Mais uma conquista...
Mais uma taça...
Mais uma vez essa paixão celebrada!
Mais uma vez a Nação Rubro-Negra em festa!!!




FLAMENGO - CAMPEÃO 2007 DA TAÇA GUANABARA!

segunda-feira, março 05, 2007

Até que enfim!

Como ontem foi meu último plantão, na prática eu

estou de FÉRIAS!!! Uhu!!!

Beetle Juice fará seu habitual check-up amanhã, antes de passear pelas estradas de novo.
E se Deus permitir, e nenhum imprevisto surgir, estarei pisando em solo carioca na quinta que vem!!! :)



sexta-feira, março 02, 2007

Cartão postal é entregue com 90 anos de atraso na Inglaterra

Walter Burns era, em 1917, um soldado britânico em combate na Primeira Guerra Mundial.
Das trincheiras ele enviou um cartão postal para sua noiva à época, Amy Hicks.
Ela, entretanto, nunca chegou a receber a correspondência.
Mas isso não impediu o amor entre os dois.
Walter retornou da guerra e se casou com Amy dois anos mais tarde.
Eles permaneceram juntos até a morte dela em 1978.
Walter morreria no ano seguinte, aos 82 anos.

A história de amor do casal voltou à tona há poucas semanas, quando o postal, que provavelmente ficou perdido em um acampamento militar durante o conflito, finalmente foi entregue.
O carteiro Martin Kay encontrou-o em meio à correspondência rotineira do correio da cidade de Swindon e, com a ajuda de historiadores, localizou Joyce Hulbert, 86, filha de Walter e Amy.
O cartão, com 90 anos de atraso, enfim encontrou um destinatário.
Nele o soldado Walter apenas havia enviado uma mensagem para confortar sua amada:
"Estou bem."


Depois de ler essa história, fiquei pensando...
E se o soldado não tivesse voltado, e o final da história não fosse feliz?
Esse cartão poderia ter feito diferença na vida da que era, na época, noiva dele?
Talvez, naquele momento, a ansiedade gerada pela falta de notícias poderia ter sido amenizada com a chegada do postal...

Mas isso é algo quase inimaginável no mundo "informatizado" e "globalizado" em que a maioria de nós vive hoje, não é mesmo?
Enquanto pensava sobre isso me bateu uma saudade tremenda da época em que gastávamos tempo indo à papelarias, escolhendo cartões, escrevendo neles, comprando selos, colocando-os nas caixinhas de correio, ou até mesmo enfrentando as filas enooormes nas agências...

Aí fiz mentalmente alguns caminhos que faço todos os dias, tentando "visualizar" ao menos uma dessas caixas de correio, amarelinhas, sobre aquele poste azul marinho...
Não consegui lembrar de nenhuma!
Amanhã vou fazer alguns desses caminhos de verdade, e ver se a minha memória me pregou mais uma peça, ou se ela tem mesmo razão.

Tenho a maioria das cartas e cartões que recebi na minha adolescência e início de vida adulta. Guardados, separados, conservados.
Há alguns dias atrás li algumas cartas que um grande amigo, o W., agora lá nos States, me mandava quando estudava numa instituição militar aqui em Cps.
Ironicamente, hoje quem mora perto dessa instituição sou eu, algo que na época jamais poderia ter imaginado. Rs. Foi uma experiência deliciosa, nostálgica, e feliz.

É que hoje tudo é tão imediato e instantâneo - me refiro a coisas como fax, e-mail, torpedos, celular com rádio, e tantos outros meios da gente se comunicar rapidamente - que a gente nem conhece mais a letra que cada um tem.
Afinal, até os cartões também se tornaram virtuais. Nada contra, ao contrário, pois sou uma grande "usuária" deles.
Mas o fato é que não sabemos mais qual é a sensação de esperar o carteiro, e ver se no meio das contas (porque essas sim, nunca vão parar de chegar!) está aquela correspondência que poderá fazer a diferença nas nossas vidas durante um dia, ou quem sabe de toda uma semana!

Acho que vou dar uma retrocedida no tempo, e tentar experimentar essa sensação gostosa de novo.
Quem sabe um cartão meu não faz a diferença no dia de alguém?
Assim como poderia ter feito diferença, prá Amy, aquele postal do Walter que não chegou...
Quem sabe???
;)

quinta-feira, março 01, 2007

"São como um cristal, as palavras.

Algumas, um punhal, um incêndio.

Outras, orvalho apenas."

(Eugénio de Andrade(1923-2005), poeta português.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Belo Horizonte, aí vou eu!


Graças às Férias, que aliás começam em 8 dias!!! :)

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Olá, como vai?

Acordei pensando em tudo
Que meus olhos buscam dentro e fora do mundo
A cidade grita com a luz
E eu quero o fogo que ilumina o escuro
Me diga como você se sente
Me diga quando você me quer
Me fale do passado presente
E o futuro pode ser o que você quiser

Acordei pensando no escuro
E a TV me desligando do mundo
A vontade brinca com a vida
E a gente sempre vai passando por tudo
Me diga como você se sente
Me diga quando você me quer
Eu falo do passado presente
E o futuro será sempre o que você fizer

Pode ser num dia claro de chuva
Pode ser olá como vai
Pode ser entre o som e o silêncio
Pode ser que eu espere demais
Pode ser mais uma estrela nascendo
E a gente se amando demais
Me diga como você se sente

Composição: Lô Borges / César Maurício

É impressionante como algumas músicas "falam" pela gente... Prá descrever o que senti no dia de ontem, e que ainda sinto na madrugada de hoje, não é preciso nenhuma palavra a mais. :)

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Taxa de maresia 100%

Que beleza!!!
Nada como uns dias no Rio prá melhorar o humor, a disposição, e mandar pro limbo a irritação que a rotina do dia-a-dia causa! :)
Se choveu???
Claaaaaaaro que sim! E que chuva! Que o diga minha amiga D.!
Além da chuva, tivemos um encontro inusitado com o "Suvaco de Cristo", um bloco carnavalesco lá da Zona Sul. Que coisa... Mas até que foi divertido. Demos umas boas risadas! E além disso, tomar aquele banho de chuva foi como "lavar a alma". Sensacional! Fazia tempo que não me encharcava com a água da chuva daquele jeito!
A cara da praia só consegui ver no penúltimo dia. Mas valeu a pena. Como sempre.

Aliás, a contagem regressiva continua...

Faltam 14 dias prás minhas tão

sonhadas FÉRIAS!!!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Maresia já!!!

Minha taxa de maresia no sangue chegou à níveis críticos, só pode!!!

Acho que por isso eu fiquei tão irritada no plantão ontem, por causa do "furto" da minha lata de Coca-Cola de dentro da geladeira...
E pior que o "ladrão", além de trabalhar comigo, ainda deixou um golinho do precioso líquido dentro da latinha... Será que no último instante bateu um remorso e ele(a) resolveu deixar um pouquinho prá mim?
Argh... que nojo! A lata foi pro lixo, claro, com sobra de golinho, baba do meliante e tudo mais!

É interessante como uma coisinha de nada , um evento isolado, uma situação inesperada, tem a capacidade de alterar o nosso humor. Nesse meu caso, para pior.
Tudo tranquilo nos "domínios obstétricos caismenhos", apesar da falta de pessoal da minha equipe.
Plantão transcorrendo leve, tranquilo, bem-humorado, até a "abdução" da Coca...
Os sorrisos, caretas e meu habitual bom-humor no trabalho deram lugar a praguejos e desejos sórdidos de sofrimentos dos mais variados para o que estivesse digerindo o refri naquele momento. Rs.

Toda essa situação durou no máximo uns 10 minutos, mas pareceu uma eternidade!
Até eu perceber a tempestade que estava fazendo no meu próprio copo d'água! E por quê?
Por causa de um líquido que desentope pias com eficiência espantosa (sic com minha amiga F.), além de ter pelo menos umas 500 kcal (no mínimo) espalhadas naqueles 350 ml...
Tudo bem, o danado do líquido é gostoso, tenho que admitir, mas não é nem de longe digno de causar tanta confusão assim, não é mesmo?!

Então, voltando à maresia...
Minhas entranhas serão abastecidas dela brevemente! Afinal, serão 5 dias preciosos na Cidade Maravilhosa, começando a contar daqui há umas 60 horas, aproximadamente.
Dias que serão muito bem vindos. Com chuva, ou não!
:)


Existe música prá tudo na vida...

Pode ser
(Composição de Jorge Vercilo, na voz de Pedro Mariano)

Já me acostumei com a insegurança
De quem não quer sofrer
A paixão certeira que nos alcança
Quem poderá prever?
A profundidade e o envolvimento
Não dá prá controlar
A longevidade do sentimento
Só o tempo dirá!



Pode ser uma nova ilusão
Pode ser esse meu coração
Ou será o amor, ou será...

Quando a tua boca me rouba um beijo
Sinto o meu chão rachar
Amo os teus contornos, em ti me vejo
Dentro do teu olhar
Mas bem lá no fundo me bate um medo
Medo de me entregar
Quase todo mundo tem um segredo
Me ajuda a desvendar

Pode ser uma nova ilusão
Pode ser esse meu coração
Ou será o amor, ou será...


terça-feira, fevereiro 06, 2007

Tosco, mas engraçado...

(Clique na imagem para vê-la maior)
Que os baianos me perdoem, mas eu ri muito quando recebi isso por e-mail... Acho que eles jamais perderão essa fama de preguiçosos, assim como os cariocas a fama de malandros! Rs...