domingo, dezembro 31, 2006

INTERPRETE COMO DESEJAR...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Dica de Cinema

Para os sentimentais de carteirinha como eu, The Holiday (O amor não tira férias, título em português) é o filme certo prá fechar o ano de 2006.
É uma comédia romântica inteligente, onde é difícil a gente não se identificar, pelo menos um pouquinho, com algum dos personagens.
É possível rir e chorar em questão de minutos. Além de tudo isso, o filme reforça a tese de que ainda vale a pena sonhar nos dias de hoje, e de que o amor pode renascer a qualquer momento, em qualquer lugar. :)

terça-feira, dezembro 26, 2006

Adivinha...


21/12/2006 - 14h22
Congonhas tem mais de 60 atrasos; no país, mais de 34% têm problemas
Publicidade da Folha Online

O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, registrava atrasos de, em média, uma hora em 30 pousos e 34 decolagens às 14h desta quinta-feira, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária). Em todo o país, da 0h às 10h30, dos 649 vôos programados, 223 atrasaram mais de uma hora e 36 foram cancelados.

Adivinha aonde eu estava nesta quinta, dia 21? Valendo um doce se acertar...

Na noite de quarta-feira (20), Congonhas permaneceu fechado durante cerca de 50 minutos devido ao mau tempo. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a medida originou um "efeito dominó" que causou esta nova seqüência de atrasos e cancelamentos.

O problema foi agravado pela TAM, que teve seis aeronaves paradas para manutenção e ficou sem rede de dados no aeroporto Tom Jobim, no Rio. A companhia admitiu, no final da manhã desta quinta, que todos os seus vôos saídos de São Paulo tinham atraso médio de duas horas e que 26 deles haviam sido cancelados até aquele momento.

Por qual compania aérea eu voaria nesta quinta, dia 21? Mais um doce se adivinhar...


Bom, eu teria ficado muito feliz se o atraso do meu vôo tivesse ficado em torno das 2h da média dos atrasos descrita mais acima.
Mas não... Comigo as coisas tinham que ser "um pouquinho" mais complicadas, não é mesmo? Rs.

Meu vôo estava marcado para sair de Viracopos/Cps, às 12h35. Mas ele foi adiado para as 15h35, e depois cancelado. Aí a TAM providenciou um ônibus fretado para nos conduzir até Congonhas, para pegar a ponte-aérea. Segundo o funcionário responsável pelas informações, lá haveria "uma chance maior de conseguirmos embarcar" ainda na quinta-feira. Pode???
Tudo bem, afinal eu nem estava cansada... (Só tinha dado plantão naquela noite, de quarta p/ quinta, sem dormir...)
Mas até que o cochilo no ônibus, durante o percurso pela Bandeirantes, deu um Up no meu estado geral (de caco), amenizando um pouco o tamanho e a profundidade das olheiras.

Esperança à vista, meus olhinhos chegaram a brilhar quando viram no painel de controle de Congonhas que meu novo vôo estava com o check in aberto.
Mas a esperança foi tão rápido quanto veio... Uma voz no áudio informou que os atrasos continuavam devido ao mau tempo no Rio de Janeiro.

Bom, sem lugar nas poltronas semi-confortáveis ao redor dos portões de embarque, me aconcheguei no chão mesmo (até que bem limpinho, diga-se de passagem). E ao som de uma programação flash-back (muito boa) de rock progressivo, que tocava numa rádio qualquer de Sampa, passei a observar o vai-vém das pessoas.
Umas desesperadas pela perda de vôos sequenciais, outras pela perda de compromissos importantes. Umas se produzindo esperando que algum dos muitos repórteres presentes as fotografasse ou filmasse, outras em puras e genuínas cenas de "piti".
Ah, além da famosa dupla sertaneja Milionário e José Rico (e toda a sua enoooorme comitiva), que naquela situação voltavam à condição de meros mortais, como eu, também sentados no chão.
Quase todos reclamavam. Mas todos cheios de razão.
Afinal, ninguém merecia uma situação como aquela.

Finalmente às 19h45 embarquei! Total pacial do atraso: 7h10. Saí no lucro. Afinal, no dia seguinte, leria que muitos dos que ali estavam naquela quinta, tiveram aquele mesmo chão como cama na madrugada.

Vôo tranquilo, até então, apesar de algumas turbulências no céu de Angra dos Reis.
Finalmente avistei a Ponte Rio-Niterói! Nunca fiquei tão feliz em vê-la! E verdade seja dita, ela é uma beleza também vista do alto!
Mas aí vem a voz no áudio de novo, só que desta vez a do Comandante:
"Srs. passageiros, aqui é o Comandante. Em virtude do mau tempo no Rio, e da visibilidade zero em Santos Dumont, há grande chance de termos que pousar no Galeão."
Nada contra Antônio Carlos Jobim (nome oficial do Galeão), mas aquele era o último nome que eu gostaria de ouvir naquele momento...
Mas antes mesmo do Comandante concluir sua fala, ele arremeteu. Arremeteu, e arremeteu mais um pouco, e continuou arremetendo. Uns não-sei-quantos, mas muitos pés acima, ele esclareceu que o vôo precisou ser desviado da rota, pois seu pouso não foi autorizado no Santos Dumont, nem no Antônio Carlos Jobim.

Aí fomos dar um "rolê" de mais ou menos 1h no Espírito Santo enquanto a chuva não dava uma trégua na Cidade Maravilhosa.
Finalmente, às 22h40, meus pés pisaram em terra firme, porém alagada. Total final do atraso: 10h05.

Mas sabe o melhor de tudo isso?
Se não tivesse sido assim, eu não teria entrado no táxi que peguei para a Tijuca, e não teria tido a oportunidade de falar do amor de Deus e do cuidado que Ele tem conosco àquele motorista (cujo nome tento lembrar mas não consigo).
Não teria dito à ele qual é o verdadeiro sentido do Natal, que naquela quinta ainda era futuro.
Se não fosse todo esse atraso, jamais teria dito àquele homem que a salvação está na pessoa de Cristo, e não na religião, e que esse vazio que ele sentia só poderia ser preenchido pela presença do verdadeiro Deus.
Aquele homem ouviu minhas palavras atentamente. Com os olhos marejados, agradeceu.
Não sei o que aconteceu depois, e provavelmente nunca saberei.
Mas saber que a palavra foi semeada num coração sedento valeu todo o cansaço, toda a irritação, e minhas roupas e sandálias molhadas.

Corpo cansado, mas alma leve.
Foi assim que adormeci, já na madrugada de sexta.
Feliz por estar naquele colchonete na sala da casa de Dby.
Naquele momento, não poderia ter me sentido melhor!
:)

João de Barro, o Braguinha


29/03/1907 - 24/12/2006

Às vésperas de completar um século de vida, morre aos 99 anos, de falência múltipla dos órgãos (causada por uma infecção urinária que generalizou-se) Carlos Alberto Ferreira Braga. Nascido no Rio de Janeiro, em 29 de março de 1907, foi o primogênito de um casal de classe média : Jerônimo José Ferreira Braga Neto e Carmen Beirão Ferreira Braga.

Residente na Gávea, tendo também Botafogo como cenário de sua infância, passou sua adolescência em Vila Isabel, onde seu pai era diretor da Fábrica de Tecidos Confiança.

Cursou o ginasial no Colégio Batista, onde conheceu Henrique Brito, violonista, que lá foi estudar com uma bolsa de estudos que ganhara do então governador de sua terra natal (RN), tamanho eram seus dotes de instrumentista. Essa amizade despertou em Braguinha o interesse e a vocação pela música, fazendo com que ele, aos 16 anos, compusesse sua primeira obra (letra e música), de nome Vestidinho Encarnado.

Era chamado de Carlinhos na família e de Braguinha pelos amigos, mas foi na época da faculdade que passou a se chamar de João de Barro. Estudante de arquitetura, inspirou-se no pássaro arquiteto para criar o pseudônimo, uma vez que seu pai não queria o nome de família envolvido com música popular, devido aos preconceitos que marcavam essa época.

Braguinha nunca soube ler música e sempre compôs de ouvido. Mas soube contagiar as multidões como a da Sapucaí, que pedindo bis, fez com que a Mangueira retornasse ao desfile, desta vez percorrendo, no sentido contrário, a Marquês de Sapucai, em 1984.

BIS para aquele que foi e sempre será uma das figuras mais importantes da nossa música popular brasileira.


CARINHOSO
(Braguinha e Pixinguinha)

Meu coração
Não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim

Ah! Se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E o muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim, então
Serei feliz
Bem feliz.


Quem com pelo menos mais de 30 anos não conhece essa obra-prima da música popular brasileira? A música que foi conhecida por muitos na propaganda do "Chambinho, o queijinho do coração" (lembram?), fez parte da minha infância, e faz até hoje.

Não são raros os momentos em que me pego assoviando ou cantarolando essa canção.
Muitos pensam que a autoria dela era somente de Pixinguinha, mas ela foi feita em parceria com Braguinha.

Ele fez diferença em seu tempo, no meio musical, em nosso país. Foram muitas as canções e marchinhas.
Há um site maravilhoso, idealizado pela única filha dele, Maria Cecília, que vale a pena ser visitado. Foi criado para homenagear os seus 90 anos. Lá tem biografia, fotos, composições e memórias deste grande artista que vai deixar saudades.
http://braguinha.ag.com.br/

quarta-feira, dezembro 20, 2006

MATHEUS


Ele chegou às 14h28 de 18/12/06, pesando 3.250g e medindo 49cm, para completar a vida dos meus grandes amigos A & A! Promessa de Deus, ele agora os faz mais completos, mais realizados e muito mais felizes! É maravilhoso ver esse milagre, que se repete todos os dias neste planeta, acontecer na vida de pessoas tão queridas!
Deus é realmente perfeito!

Seja muito benvindo, lindo menino!
Que você "cresça em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens", assim como Cristo!
Que o Senhor te abençoe e te guarde!
Sempre!!!

terça-feira, dezembro 19, 2006

LUTO II


Publicidade da Folha Online
Divulgação/Warner

Morre pai do Scooby Doo, Flintstones e Jetsons

Aos 95 anos, Joseph Barbera, co-fundador da empresa de desenhos animados Hanna-Barbera, morreu nesta segunda-feira (18), de causas naturais, em sua casa em Los Angeles, ao lado de sua mulher Sheila, informou o estúdio Warner Bros., sem fornecer mais detalhes.

Joseph Barbera foi um dos criadores de personagens dos desenhos animados, como Tom e Jerry, Scooby Doo, os Flintstones, os Jetsons, Dom Pixote e Zé Colméia, entre outros.

Barbera fundou a Hanna-Barbera com William Hanna em 1957. A empresa cresceu e se tornou uma das marcas mais famosas de Hollywood no ramo da animação.

Hanna morreu em março de 2001, aos 90 anos. Entre 1943 e 1952, a dupla ganhou sete Oscars. A série "Os Flintstones" foi um grande sucesso de audiência nos EUA. Entrou no ar em 1960. Foi a primeira série de animação a ocupar o horário nobre. Segundo a Warner Bros., atualmente é exibida em mais de 80 países.

Antes de se dedicar exclusivamente aos desenhos, trabalhou em um banco, chegou a ficar desempregado e passar dificuldades financeiras, antes de se tornar uma lenda da animação. Barbera nasceu em Nova York no dia 24 de março de 1911. Ele tinha três filhos (Jayne, Neal e Lynn).

sexta-feira, dezembro 15, 2006

LUTO



Morre aos 76 anos na Paraíba o músico Sivuca
Redação com Agência Estado
09:00 15/12

Morreu ontem à noite aos 76 anos o músico Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Ele estava internado desde terça-feira num hospital em João Pessoa, na Paraíba, para tratamento de câncer, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo.

Sivuca compôs músicas conhecidas como "Feira de Mangaio", "Adeus, Maria" e "Reunião de Tristeza". Além de compositor, ele era acordeonista (sanfoneiro) internacionalmente reconhecido por seu trabalho em ritmos como choro, frevo e forró.

Sua iniciação musical, ainda na infância, aconteceu em feiras e festas populares. O primeiro disco veio em 1950, em parceira com Humberto Teixeira, e incluia o primeiro grande sucesso, "Adeus, Maria Fulô", posteriormente gravado em versão rock pelos Mutantes, nos anos 60.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Saudade do que ainda não vivi...

Ontem eu acordei com um sentimento de nostalgia tão grande, e com uma saudade que inicialmente pensava ser só do meu chão, como disse num post mais abaixo.
Mas não era não. E ainda não é. Na verdade, é uma saudade do que eu nem sei.
Saudade das coisas que ainda não vivi, talvez. Ou das que gostaria de ter vivido. Mas isso tudo não parece ser a mesma coisa? E não é a primeira vez em que isso acontece...
Pensei no dicionário e fui procurar o significado dessas palavras aí destacadas.
E o resultado foi esse:
nostalgia
do Gr. nostós, regresso + álgos, dor
s. f.,
melancolia, abatimento profundo de tristeza, causado pelas saudades do lar ou da pátria.
saudade
do ant. soedade, soidade, suidade < Lat. solitate, com influência de saudar
s. f.,
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
nostalgia;

Mas saber o significado das palavras que "traduzem" o meu estado atual não ajudou muito...

Aí me lembrei daquela música da Legião, "Índios".
Eu sei que o contexto da canção não se aplica ao que estou sentindo, mas lá tem um trecho que diz assim:
"...a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
...
Tentei chorar e não consegui."


Pensei: é bem isso!
Mas e daí?
O incômodo provocado por essa estranha sensação ainda continuava.

Foi então que me recordei de uma mensagem do Pr. Fernando Henrique, numa 6ªfeira dessas, lá na Igreja.
Ele falava dessa tristeza profunda, que pode até chegar a doer fisicamente, que o homem sente com frequência. E que é mais acentuada no crepúsculo do dia, naquela hora em que o Sol vai se despedindo prá dar lugar à Lua.
Hora essa que os homens passaram a chamar de "happy hour", que de feliz não tem quase nada, pois é nela que essa tal tristeza se manifesta na maioria das vezes.
Foi então que ele, o Pastor Fernando, nos lembrou de que antes do pecado entrar na nossa história, era justamente nessa hora em que Deus ia visitar o homem e a mulher.
Com eles conversava face a face. E eles tinham a presença real do Criador.
Depois do pecado, essa presença, dessa forma, nunca mais aconteceu.

Aí voltei ao significado das palavras nostalgia e saudade, nessa ordem.
.melancolia, abatimento profundo de tristeza, causado pelas saudades do lar...
.lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;

E também me lembrei das palavras escritas por Renato Russo:
"...a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
...
Tentei chorar e não consegui."


Aliás, tento não chorar, e não consigo.
E entendo agora, em parte, essa minha aflição. E sei que, totalmente mesmo, ela só vai passar no dia em que eu estiver na presença dEle, com um corpo incorruptível e transformado. Livre das loucuras deste mundo, e das minhas "esquisitas maluquices"! Rs...

Mas enquanto isso não acontece, quero me concentrar nas lembranças das coisas boas que vivi, e na esperança das que ainda vou viver.
E firme na certeza de que "Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos, de acordo com o Seu poder que atua em nós." (Ef.3:20)

Mensagem de Natal


2006-2007

"Falo de uma tentativa real de recomeçar.
Falo de uma entrada em um novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma. Sem frescura, sem afetação, sem mau humor, sem pressão nem formalidade. Pensando que a gente pode ser mais irmão, mais amigo, mais filho, mais pai ou mãe, mais humano.
Começar não com planos mirabolantes que não se podem cumprir, mas inventando novos modos de querer bem a si mesmo e aos outros.
O bom é entrar num novo ano sem lamentações inoportunas, sobretudo sem acusar: o destino, o outro, os pais, o chefe, a vida."

E sabendo, principalmente, e acima de tudo, que: "Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz."
JESUS, nome sobre todo o nome; razão única para festejarmos o Natal, e sonharmos com um ano melhor por vir!
Sem Ele, o tudo é nada; com Ele, o nada é tudo!


Feliz Natal e um lindo 2007, Amigos queridos! Beijos e abraços!!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Hoje acordei com uma saudade danada do meu chão...


"Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você"

terça-feira, dezembro 12, 2006

"Realidade versus teoria"

Por Steven D. Levitt

A diferença entre "teoricamente possível e "importante"

"Os acadêmicos, incluindo eu mesmo, adoram descobrir argumentos contra-intuitivos que mudam a maneira como as pessoas vêem o mundo. A mídia provavelmente adora publicar matérias baseadas nesses argumentos, ainda mais do que os acadêmicos gostam de descobri-los. Às vezes, porém, esses mesmos acadêmicos e o pessoal da mídia prestam um desserviço ao público em geral, ao levantar questões que são teoricamente possíveis, mas na realidade não têm a menor importância.

Um artigo recente na revista "Time" é um ótimo exemplo. Nele, o autor examina a idéia de que os cintos de segurança nos carros talvez não sejam eficazes para salvar vidas. Segundo a reportagem, a teoria é que os motoristas tornam-se mais ousados quando estão presos pelo cinto porque se sentem mais seguros. O efeito dessa "compensação de risco", segundo o artigo, poderia reduzir - ou mesmo reverter - os benefícios de segurança dos cintos.

É uma teoria sensata. Quando não estou afivelado corro um risco maior de ferimentos, por isso talvez dirija mais cautelosamente. Na economia, essa idéia é atribuída a meu amigo e colega Sam "Seatbelt Sammy" Peltzman, um professor de economia na escola de graduação em administração da Universidade de Chicago, que a apresentou nos anos 70. Os economistas chamam essa tendência de "Efeito Peltzman".

Na prática, porém, há claras evidências de que os cintos de segurança são uma maneira incrivelmente eficaz e econômica de salvar vidas. Por exemplo, em 2001 meu colega Jack Porter e eu publicamos um estudo que mostrava que os cintos de segurança eram mais custo-eficientes para salvar vidas em acidentes de carro do que os airbags.

O pequeno impacto compensador que pode haver em dirigir mais arriscadamente porque você está usando um cinto de segurança é trivial comparado aos benefícios de usá-lo. Artigos como esse da "Time" podem encorajar as pessoas a tirar a conclusão errada sobre o assunto. Se, no entanto, eu estiver errado e o comportamento compensatório dos motoristas realmente reverter os benefícios dos cintos de segurança, existe uma fácil solução de política pública semelhante a uma idéia mencionada na matéria da "Time".

Os governos poderiam exigir que se instalasse em todos os volantes uma faca afiada, apontada diretamente para o coração do motorista. Imagine como ele dirigiria cuidadosamente."

Eu que o diga! Rs...

sábado, dezembro 09, 2006


Estava lendo um artigo de Lya Luft nesta madrugada, de nome "Trangressões Positivas", quando a indagação de um empresário feita à ela durante um almoço, bem como sua resposta, chamaram a minha atenção.
A pergunta: "Quantas vezes a senhora acha que a gente pode amar na vida?"
A resposta: "Sempre que nos sentirmos demais sozinhos e a vida nos oferecer esse milagre, e a gente tiver as condições e a coragem de o concretizar."

O fato é que estas linhas me incomodaram, e me fizeram pensar.
Pensei, e concluí que não concordo com a resposta em sua íntegra...

Concordo que o amor que ressurge- mesmo em corações maltratados e que um dia já sofreram alguns tipos de machucados, como o meu- pode ser considerado um milagre.
Sim, concordo que é necessário ter coragem, de certa forma, para deixar o amor que ressurge tomar o seu lugar em nós, sem medo e receios, e sem comparações com os anteriores.

Mas quais são as "condições ideais" para isso?
Será necessário se sentir "demais sozinho" prá gente perceber a necessidade de amar novamente, e então permitir que esse sentimento tome conta de nós de novo?
Ao pensar em "condições ideais", lembro na hora de receita; tipo receita de bolo, sabe?
A gente vive num tempo onde se tem receita prá tudo.
Tem "livro de receitas" prá todos os gostos, como por exemplo:
300 passos para ter um casamento feliz; como encontrar o verdadeiro amor; 100 dicas para administrar com eficiência a casa e os negócios; como educar filhos (e prá estes ainda tem a especificação de como educar meninos, e separadamente, de como educar meninas!); 10 passos para receber o Espírito-Santo, e por aí vai...
Livros como estes invadem as prateleiras das Livrarias convencionais e também as virtuais.

Nada contra quem procura ajuda nestes tipos de livros. Afinal, estamos sempre em busca do acerto, não é mesmo? O problema é quando isso se torna um hábito vicioso, tipo horóscopo (eca!), quando a pessoa não consegue mais tomar nenhuma decisão por si própria, sem antes dar uma consultadazinha prá saber se vai ou não, se pode ou não, se os passos para conseguir isso ou aquilo estão sendo aplicados corretamente, etc...

É inevitável lembrar que- numa época nem tão distante assim desse mundo globalizado e cada dia mais esquisito em que vivemos- ouvíamos mais os mais velhos e seus conselhos sábios baseados em suas experiências práticas de vida, e líamos mais Provérbios...

Tínhamos opinião própria, sabíamos defendê-la quando necessário, e tínhamos um discreto orgulho disso.
Hoje temos receio de tudo.
Temos medo de que os outros não nos entendam, de que pensem mal à nosso respeito, de que nos afastem por não estarmos incluídos neste ou naquele modo de pensar enlatado, típico da maioria.
E não paramos para pensar no estrago que todos esses temores podem causar à nossa alma...

Perdemos gradativamente a nossa identidade; nossa individualidade vai furtivamente sendo roubada, inacreditavelmente, por nós mesmos.
Mas não é justamente isso, além das nossas impressões digitais e da nossa cadeia de DNA, que nos faz maravilhosamente diferentes?
E não é essa diferença que permite muitas vezes que nos encantemos, nos apaixonemos, e que amemos tão intensamente alguém?

Apesar de ser fã da Lya, necessito discordar dela.

O amor é algo que surge muitas vezes quando menos esperamos. Não é algo que se possa programar.
E esse sentimento toma conta de tudo em nós.
O que podemos é permitir que ele ache morada em nós, ou não.

É inevitável sentir medo e receio de onde ele vai nos levar.
É incômoda a incerteza se teremos um final feliz como em muitos romances de Hollywood, onde a mocinha sempre fica com o mocinho depois de alguns desencontros, é claro.
Mas é essencial amar.
Faz parte de nós, como um órgão vital.
Deus nos fez assim, e declarou na sua Palavra que "não é bom que o homem fique só".
É bem aceitável sentirmos uma certa "inveja gospel" de Adão e Eva. Afinal, estes sim, foram feitos um para o outro! Rs...

Mas eu creio, com toda a força desse meu coração já costurado e remoldado por Ele tantas vezes, que a realização da plenitude desse sentimento será possível um dia na minha, e na vida de todos os que me cercam.
Gostaria que já estivesse sendo, mas Ele sabe de todas as coisas, e eu confio nEle.

Não há nada melhor nesse mundo do que essa estranha e doce sensação, que nos invade quando amamos.
Sem premeditações. Sem rótulos. Sem receitas. Sem condições prévias.
Mesmo com os medos, com os receios e com as incertezas.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Dia de Caos...

E eu estava lá, bem no meio dele...
E olha que o atraso do meu vôo não foi dos piores, apenas 3h45...
Caso bem diferente do rapaz da foto aí de baixo. O vôo dele, até aquele momento, estava "temporariamente cancelado". O jeito foi se acomodar da melhor forma possível...


"Boletim parcial divulgado pela Anac informa que dos 1184 vôos agendados até 17h, 436 tiveram o atraso e 122 vôos foram cancelados. A agência recebeu 281 reclamações de passageiros, 189 só em Brasília. Os passageiros afetados pelos atrasos e cancelamentos resolveram se mobilizar em resposta aos transtornos. No Aeroporto Internacional de Brasília um grupo de pessoas vestindo narizes de palhaço protestou contra a falta de informações e os problemas causados a eles. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, passageiros sem paciência discutiram com atendentes de uma companhia aérea."
(...)
"O nervosismo dos passageiros é reflexo dos atrasos de hoje. No aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, dos 77 vôos programados, 33 tiveram atraso. No aeroporto internacional de Guarulhos, SP, de 99 vôos agendados, 45 tiveram atraso (45% do total). Em Congonhas, na zona sul da capital paulista, de 148 pousos e decolagens, 41 apresentaram atraso. No Rio de Janeiro, no aeroporto do Galeão, de 77 pousos e decolagens, 26 apresentaram atraso. No Aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, 15 vôos foram proibidos de decolar e 12 pousos foram cancelados, seis deles vinham da Região Nordeste. Segundo a Infraero, não há previsão de normalização para partidas e chegadas."
(...)
"No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, passageiros que não foram para os hotéis dormiram nas cadeiras e no chão do saguão. Cerca de 20 vôos registraram atrasos desde a manhã de hoje. A irritação entre a maior parte dos passageiros ocorre por conta da falta e desencontro de informações. A exemplo de Congonhas, no Tom Jobim também já havia acúmulo de passageiros nas filas de check-in desde às 6h30 desta manhã em praticamente todos os balcões. Em Fortaleza, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, havia mais de dez 30 vôos com atraso por volta das 10h40, de acordo com a Agência Nordeste."

"Devido ao apagão nos equipamentos de rádio, o diretor-presidente da Anac, Milton Zuonazzi, informou que todos os vôos que partissem a partir das 19h de ontem dos aeroportos de Congonhas (SP), Brasília (DF) e Confins (MG), teriam de ser cancelados, com exceção para os vôos da ponte aérea Rio-São Paulo. Os hotéis próximos aos aeroportos ficaram lotados rapidamente, fazendo com que algumas pessoas dormissem no saguão dos terminais aeroviários."
(...)
"Hoje, um oficial da reserva da Aeronáutica chegou a afirmar que a pane no sistema teria sido causada propositalmente por controladores de vôo. Já o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, criticou o "clima de terror" criado pelas insinuações de que existem "pontos cegos" no espaço aéreo brasileiro. Ele voltou a afirmar que espera que todos os transtornos provocados pelos atrasos e cancelamentos de ontem estejam resolvidos até amanhã."
(...)
"Na noite desta quarta-feira, a Aeronáutica divulgou uma nota afirmando que, de acordo com técnicos especialistas no equipamento, houve a perda de sincronismo do sistema, o que impossibilita a distribuição do áudio. "A central de áudio faz a distribuição de informações tanto de telefonia como das freqüências que são utilizadas para a comunicação da aeronave com os órgãos de controle de tráfego aéreo. A perda de sincronismo na central de áudio, numa analogia simples, seria como, no corpo humano, o coração parar de pulsar", explica a nota."
(...)
"Antes disso, o órgão havia sustentado a informação de que o problema pudesse ter sido causado por sabotagem. A hipótese foi levantada pois a cúpula da Força Aérea estranhou o fato de o incidente ter ocorrido na véspera da audiência na Câmara dos Deputados que discutirá a situação do tráfego aéreo brasileiro. Na reunião de hoje, há a possibilidade da decisão pela desmilitarização do setor de controle aéreo. Esta pane foi considerada a maior de toda a história da aviação brasileira."

Fonte: Último Segundo (Jornal on-line do iG)
Publicado em 06/12/12 às 08h50

segunda-feira, dezembro 04, 2006

You are my kind (Seal)


Stay with me baby
And that's all I ask of you
And I know that someday
You won't remember
The way that this moment feels to you
Don't let it go
Don't turn your back on what you think you know
You never know you know
Don't leave it alone
Cause I need you to cling to

[Chorus:]
Cause you are my kind
You're all that I want
Here in this life
Until we are gone
Our breath and our skin
Our hearts and our minds
They're one and the same
You are my kind

Well call on me baby
If you should ever need someone
To help get your head straight
I'll be your resident all night
Sure am glad just having you around
Well all that I know
When you find love you never let it go
You never know you know
Without you I'm lost
I get scattered
I'm shattered

[Chorus:]
Cause you are my kind
You're all that I want
Here in this life
Until we are gone
Our breath and our skin
Our hearts and our minds
They're one and the same
Cause you are my kind
We're one and the same
You are my kind

Don't let it go
Don't turn your back on what you think you know
You never know you know
Don't leave it alone
Cause I need you to cling to

[Chorus:]
Cause you are my kind
You're all that I want
Here in this life
Until we are gone
Our breath and our skin
Our hearts and our minds
They're one and the same
Cause you are my kind

[Bridge]
I love and our life
My heart and my soul
Need you tonight
Your love makes me whole
And it's all I can stand
Until you come home
I need you tonight
Cause you are my kind
I need you tonight
Cause you are my kind

Oh, Oh, Oh, Oh you are my kind

domingo, dezembro 03, 2006

Sad day...


MAS O TUDO SEM DEUS É NADA, E O NADA COM ELE É TUDO!!! O SENHOR DEU, PODE SER QUE ELE TOME, MAS BENDITO SEJA O NOME DO SENHOR!



(Tijuca, Rio de Janeiro, sexta-feira, 1º de dezembro de 2006, 11h45 aproximadamente)

quarta-feira, novembro 29, 2006


No fundo, eu sempre soube que falo demais.
Minha melhor amiga sempre disse, e ainda diz, que eu falo demais.
Sei que sou prolixa, e vivo tentando dominar esse meu defeito, que é apenas um dos muitos que tenho.
Mas há dois dias atrás, mais uma pessoa amiga -que nunca havia me dito isso antes- afirmou: "VOCÊ FALA DEMAIS!"
Disse com tanta autoridade e propriedade, que eu podia jurar que vi saindo de sua boca aquelas palavras com letras maiúsculas, em negrito, e com pelo menos uns dez pontos de exclamação na sequência!
'Você não fala besteira, não é isso, só fala muitas vezes o que já disse outras tantas vezes'. Não são palavras fiéis ao discurso desse meu amigo, por isso não me utilizei das aspas, mas sei que ele não vai ficar bravo com isso...

Engraçado como as coisas acontecem na vida da gente...

A gente pára prá dar uma analisada no problema que mais uma vez se apresenta, e começa a perceber algumas coisas.
Por exemplo:
.Não é o bastante simplesmente saber que se tem uma deficiência, como essa minha, para então tomar as providências necessárias para saná-la.
.Não é o bastante ouvir, de alguém que faz parte da sua história e em quem você confia até parte de seus segredos mais íntimos (como minha melhor amiga), que a gente tem o problema X ou Y.
.Não é o bastante nossos pais e/ou irmãos apontarem, dia após dia, o problema.
.Não é o bastante receber o diagnóstico do problema do nosso Chefe, numa daquelas reuniões de aproveitamento e análise da equipe no trabalho.

O apontamento do problema se torna eficaz quando a pessoa, que está realizando com a gente o confrontamento da questão em si, consegue fazer com que as palavras saiam de sua boca como se estivessem em negrito, como se fossem maiúsculas, e como se dez pontos de esclamação as acompanhassem na sequência!

Aí acontece aquele momento semi-mágico, quando a ficha finalmente cai!
E ela caiu prá mim esta semana.
E fez um barulho danado ao cair no meu "cofrinho interno", onde vou armazenando todas as que já caíram ao longo desses meus trinta e tantos anos...

E a gente começa a perceber que o silêncio pode ser nosso aliado, e as palavras podem se tornar nossas inimigas quando não utilizadas corretamente.

Uma das fichas que caíram há alguns anos, foi a de saber que não tenho dom para escrever; apenas me esforço para fazer o melhor possível quando me aventuro com as letras. Por isso, termino essa narrativa com um trecho de um dos textos de Lya Luft, uma de minhas escritoras preferidas, que complementa com louvor o que digo acima.

"Lançar uma palavra aos quatro ventos, como se entendêssemos do que se trata, não quer dizer que a gente viva segundo ela.
Temos dificuldade em lidar com o silêncio: ele ressoa mal no vazio do nosso interior.
Embora seja difícil de curtir (...), é nele que nos humanizamos - pela palavra certa, a palavra boa, a palavra respeitosa mas firme.
O medo de errar muitas vezes nos leva ao erro, e o desejo excessivo de acertar nos rouba a naturalidade: calamos quando seria melhor falar, falamos quando teria sido melhor dizer alguma coisa, qualquer coisa.
Mas nem sempre sabemos a hora, a palavra, a pessoa certa.
Assim como a solidão não precisa significar isolamento, silêncio não precisa ser um corte: pode ser nossa melhor maneira de falar, naquele momento, com aquele interlocutor. (...)
Calar pode ser um bom exercício para nossa mente aflita de tantas informações, paralisada entre tantas escolhas, dilacerada em transformações vertiginosas como as deste tempo nosso."

quarta-feira, novembro 22, 2006

O BRILHO NO OLHO...



Esse foi o tema do último papo que tive com um grande amigo numa dessas madrugadas.
Falávamos sobre esse "brilho no olho" provocado pelo Amor, sentimento que é discutico, debatido e analisado há muito, muito tempo. As conclusões? Tem tantas que acho que ninguém ousaria tentar enumerar...

Não os detalhes, mas a essência dos encontros e desencontros, amores e desamores, paixões e desilusões, essperanças e incredulidades foi compartilhada nessa conversa.
Ainda não chegamos a uma conclusão, mas ambos temos nossas certezas, bem como dúvidas e medos.
Engraçado, pois imaginamos quase sempre, que a maturidade traz o benefício da diminuição das dúvidas.

Mas a pergunta que não quer calar é: o brilho no olho, o coração disparado e o frio no estômago causados ao vermos a pessoa amada ainda são essenciais?

Bem,
ainda não sei se o meu amigo concorda comigo;
ainda não sei se o ajudei com as minhas opiniões e certezas;
ainda não sei de muita coisa...

E sim,
posso já ter sofrido desilusões de todos os jeitos e tamanhos;
posso já ter levado "pancadas na cabeça" de todas as intensidades;
posso já ter me decepcionado com pessoas de todos os tipos.

Mas sinto ainda esse frio no estômago e o coração disparado, e vejo o brilho nos meus olhos simplesmente ao lembrar da pessoa querida e amada.
E isso é fisiologicamente real!
E isso me deixa feliz.

Apesar de ainda ter medo.
Apesar de não conhecer o meu futuro.

Apesar de tudo isso, o que sinto é o que sei.
E sim, eu sei o que sinto.

segunda-feira, novembro 20, 2006


"Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças."
Fernando Pessoa

quarta-feira, novembro 15, 2006


Tudo depende do denguinho certo, prá qualquer baby ficar quietinho e depois cair num profundo soninho...

sábado, novembro 11, 2006

AS PEGADAS




Rio de Janeiro, Praia do Recreio, dia 30/10, segunda-feira, +/- 22h00.




Andar na areia úmida é cansativo, mas traz benefícios.
A gente consegue ver que ainda tem músculos nas pernas, além de eliminar algumas poucas calorias (diante da real necessidade, é verdade)...
O cansaço provocado por uns 3.000m caminhados é terapêutico.
É o tipo de esforço físico que faz bem também à alma.
O gostoso é justamente se cansar e desabar, literalmente, na areia!
Parece que o mundo inteiro concorda com a gente! E vem aquela deliciosa sensação de que o tempo parou.
Conversar com o Pai tendo como pano de fundo as estrelas brilhando num céu anuviado, mesmo com o forte vento, é indescritível!
Sou como grão de areia diante da grandeza dEle.
Mas deitada ali, no meio de toda aquela areia, ouvindo o barulho das ondas quebrarem tão perto de mim na praia, não pude deixar de pensar que, apesar de ser tão pequena diante de toda a criação, Ele me fez grande aos Seus olhos um dia!
Diferente de tudo e de todos! Única!
Ele idealizou tudo em mim, inclusive os meus pés-chatos, moldados tão claramente na areia fofa e úmida, e capturados pela lente limitada do meu celular.

domingo, novembro 05, 2006

O RETORNO


Findaram-se as minhas "mini-férias", e retornei ao trabalho ontem, dia 04, pois hoje já é madrugada do dia 05.
Providenciais e necessários foram esses dias de descanso!
Eu realmente estava precisando desse tempo, livre da minha rotina diária...
Tive certeza disso depois de contornar uma situação de stress, no início do plantão, com uma serenidade que não me é peculiar em situações como aquela.

Ao sair de casa, a noite não havia caído ainda, mas a lua cheia já roubava a cena no céu, imponente e linda! Por estar atrasada, cometi o imenso pecado de não fotografá-la!!!
No caminho, pensei: lua cheia = muitos partos = plantão corrido.
Grande engano!!! São 5h07, a lua continua linda e imponente lá no céu, como pude ver através de uma micro-mini-janelazinha no corredor externo do meu setor de trabalho, e nenhum bebê veio ao mundo por aqui...

Com o calor desta noite, me veio a saudade do mar. De novo.
Reclamo de barriga cheia, é verdade, porque não só estive perto dele nos últimos dias, bem como usufruí dele com gosto!
Mas percebo a falta que ele me faz, sempre que vivo algum período de definições, como o que vivo agora.

A foto aí de cima resume bem o meu desejo de onde gostaria de estar neste momento.
Na cadeira vazia, ao lado da que seria a minha, sei também quem eu gostaria que estivesse ao meu lado...

quarta-feira, novembro 01, 2006

A AMIZADE

Tenho recebido, de Deus, muitas coisas em minha vida.
Mas, sem dúvida, dentre tantas coisas recebidas, não há nada mais valioso do que as amizades com as quais Ele tem me presenteado ao longo do tempo.

O final da semana passada, e o início desta, têm sido dias únicos de reencontros e gratas surpresas...
Coração novamente se abrindo ao gostar, apesar da previsão de "tempo instável e possíveis turbulências".
O Reencontro da "Turma de 86", trazendo consigo recordações, nova comunhão e muitas, muitas gargalhadas!
E o presente do início de uma (não tão nova assim) grande amizade!

É maravilhoso como Deus renova minha alegria!
É maravilhosamente maravilhoso receber as Suas misericóridias que, com certeza, se renovam a cada manhã. Ou seria a cada madrugada? Acho que prá mim a segunda opção é a que melhor se aplica!
É interessante o conduzir dEle. Me surpreendo constantemente. E espero continuar a ser surpreendida sempre!

A noite e a madrugada de ontem foram especiais.
O dia de hoje está mergulhado em reflexões, orações e nuvens. Nuvens no céu, e nuvens na alma. Mas estranhamente feliz.

Muitas vezes a ficção se mistura com a nossa realidade.
E a gente percebe que ter a alma lida por um amigo com super-poderes, como os do incrível Dr. Charles Xavier, é algo estranhaemente sensacional!

É, realmente a amizade é uma coisa que simplesmente é.

quinta-feira, outubro 26, 2006


APENAS 20 MINUTOS DE VIDA E ELA JÁ SABE O QUE QUER.
MAS NEM SEMPRE SERÁ ASSIM!
MULHERES...


São 2h35 da madrugada, estou de plantão, faz um calor imenso, e apesar da lua minguante, não cessa o nascimento de novas criaturinhas neste mundo!
(Ninguém consegue justificar, cientificamente, a influência da Lua no corpo gesto feminino, mas é fato confirmado a cada ciclo lunar!)
Apesar de tudo isso, só consigo pensar nas mini-férias que terei à partir da 6ª feira próxima!!!
Pé na Dutra, com o inseparável BEETLE-JUICE e mamy pedindo prá abaixar o volume do som! Risos...
E se algum dia eu tiver um fusca como esse aí de cima?
Como seria Campinas-Rio-Campinas com ele?
São 2h45h, continuo de plantão, o calor é o mesmo, e mais uma cesárea está à caminho.
Mas sonhar ainda é permitido, não é mesmo?

sábado, outubro 21, 2006

É impressionante, mas hoje eu li algo que presta na CARAS.
Sabe aquela página, logo no início, onde os editores gostam de publicar fotos de gatinhos e afins, com frases vazias em sua grande maioria?
Pois é, lá achei o trecho de um poema que me fez pensar e refletir em algumas coisas...
Diz assim:

"Se conviver é conversar,
esse falatório sem pausa,
onde o silêncio é mais temido
que palavrão dentro de casa,

faz da vida inteira um entulho
de vozes de bar, de barulho".



segunda-feira, outubro 16, 2006

O REI DAVI E MEFIBOSETE



II Samuel 9

1 Disse Davi: Resta ainda alguém da casa de Saul, para que eu use de benevolência para com ele por amor de Jônatas?
2 E havia um servo da casa de Saul, cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. Perguntou-lhe o rei: Tu és Ziba? Respondeu ele: Teu servo!
3 Prosseguiu o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu possa usar com ele da benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado dos pés.
4 Perguntou-lhe o rei: Onde está. Respondeu Ziba ao rei: Está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar.
5 Então mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar.
6 E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo.
7 Então lhe disse Davi: Não temas, porque de certo usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa.
8 Então Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?
9 Então chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e disse-lhe: Tudo o que pertencia a Saul, e a toda a sua casa, tenho dado ao filho de teu senhor.
10 Cultivar-lhe-às, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa. Ora, tinha Ziba quinze filhos e vinte servos.
11 Ziba ao rei: Conforme tudo quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim o fará ele. Disse o rei: Quanto a Mefibosete, ele comerá à minha mesa como um dos filhos do rei.
12 E tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo nome era Mica. E todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete.
13 Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei. E era coxo de ambos os pés.


Na terça-feira passada, Edméia Williams pregou na Nazareno Central de Campinas, e lá estava eu, depois de muito tempo sem ir àquela Igreja.
Ela pregou sobre o texto acima.
Uma interpretação do texto que eu jamais tinha ouvido...

Aí vai um resumo:
Naquela época, quando um Rei era deposto, o que o sucedia eliminava toda a descendência do seu antecessor, para que ninguém reclamasse o direito ao trono depois.
Só que Davi e Jônatas, pai de Mefibosete, fizeram um pacto entre si. Decidiram, em comum acordo, não dar seguimento à essa terrível e sangrenta tradição. Eles eram amigos, amavam-se, suas almas eram ligadas, como a de irmãos.
Então, já rei, e após a morte de Jônatas, Davi lembrou-se do pacto que havia feito.
E achou Mefibosete em Lo-Debar, uma região desértica conhecida como sendo habitada por pessoas pobres e sem descência nobre, e morando de favor na casa de um tal Maquir. Mefibosete era neto de rei e filho de príncipe herdeiro, acostumado às delícias do palácio, e que por força das circunstâncias morava de favor, na casa de um desconhecido, num lugar horrível, comendo e vestindo sabe-se lá o que.
Mas ele não tinha conhecimento do acordo entre seu pai e o grande Rei Davi.
Por isso encheu-se de pavor quando viu que o seu esconderijo havia sido descoberto pelo rei.
Mas Davi devolveu à Mefibosete todos os bens de Jônatas, trouxe-o de volta à Jerusalém e restituiu-lhe o direito de assentar-se à sua mesa. O adotou. Deu à ele os mesmo direitos dos seus filhos legítimos.

Assim Deus fez conosco. E muito mais.
Nos adotou.
Nos tirou de uma situação de deserto, de fome e sede, de solidão e medo.
Nos salvou através do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário, nos deu o direito de assentarmos à sua mesa, e de sermos chamados de seus filhos.
Fez um pacto conosco, que jamais será quebrado!
Mefibosete tinha todos os direitos.
Nós não.
"Mas Deus nos amou de tal maneira, que enviou seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas que tenha a vida eterna". (Jo.3:16)

quarta-feira, outubro 11, 2006



Ando cansada nos últimos tempos.
Cansada da rotina, de algumas pessoas, da solidão emocional, de mim mesma.
Esse cansaço produz uma "irritante irritação", que me atinge de quando em vez.
Durantes esses momentos irritadiços, fico desejando que Fevereiro chegue logo, e com ele meus primeiros 15 dias de Férias em algum tempo!

Mas hoje, depois de voltar da Igreja (escrevo sobre isso logo), enquanto lia o último post do Terraestranhae, Blog de um amigo muito querido que Deus me deu presente, ganhei um "baita bofetão espiritual" do Santo Espírito dEle.

Cansada de tudo o que tenho, enquanto muitos não tem nada???

Há muito não tenho dedicado meu tempo e minha vida àqueles que necessitam de "vida em abundância". Vida essa que me foi dada sem merecimento.
Isso me fez refeltir e pedir perdão ao Pai.
Apesar da tristeza inicial, gerada pela constatação do meu egoísmo, a alegria brotou em seguida.

Agradeço ao Pai se importar e ainda falar comigo!!!
Agradeço pelas infinitas misericórdias que são renovadas a cada manhã, como a que vejo chegando pela minha janela, e que são a causa de não sermos consumidos!
Aleluia!

sexta-feira, outubro 06, 2006


Hoje, antes de ir pro plantão, resolvi dar outra caminhada, e aproveitar prá devolver os filmes na Locadora. A chuva era certa, então levei o guarda-chuva.
Tentei lembrar da última vez em que tomei um banho de chuva, mas não consegui!
Aí olhei pro céu, enquanto seguia o meu caminho, e pensei: bem que podia cair um "toró"...
Não caiu, mas segundos depois a chuva veio em forma de pingos até que bem generosos! Não abri o guarda-chuva, claro!!!
Atitude nada sensata de quem acabou de sair de uma mega-gripe...
Mas foi muito bom!!!
Melhor ainda, e simplesmente lindo, foi o Arco-íris que se formou depois desse "semi-toró".
Esse aí de cima!
E, sim, eu esvaziei a memória do meu celular... ;)

Então me lembrei do pacto feito por Deus com a humanidade, depois do dilúvio...

"E disse Deus: este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós, e todo ser vivente que está convosco, por gerações perpétuas: o meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e aparecer o arco nas nuvens, então me lembrarei do meu pacto, que está entre mim e vós, e todo o ser vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne." Gênesis 9:12-15

Tirei a foto um pouco antes de chegar na Locadora.
Comprei um copo de água, enquanto achava graça dos que me olhavam toda molhada, mas segurando o guarda-chuva fechado em uma das mãos...
Tomei o caminho de volta.
Fui caminhando e orando, agradecendo ao bom Deus pelas minhas pernas, pela saúde, pelo ar, enfim, por tudo o que Ele tem me dado fielmente, todos os dias.
O sinal do pacto já não estava mais no céu.
Cedeu o seu lugar ao Sol, que reapareceu imponente e quente, como o é.
Cheguei quase seca em casa, mas com a "alma lavada"!
Torcendo prá chover de novo. E logo! :)

quarta-feira, outubro 04, 2006


Lamento não ter muitas coisas, mas um dos maiores lamentos é, com certeza, não ter talento para a Poesia, pois amo-a!!!
Amo poesia de todo jeito - das de vanguarda às mais acadêmicas.
Acho extraordinária a capacidade, que todo poeta tem, de traduzir a alma em forma de palavra escrita e falada.
O moço aí de cima é Fernando Antonio Nogueira Pessoa, um dos que mais admiro.
Sou xará dele no nome e em um dos sobrenomes, mas infelizmente é só o que temos em comum... Rs...

Ontem tive um dia meio esquisito...
Acordei tarde, pois fui dormir tarde na noite anterior.
Não fui na aula de inglês, tomei café na hora do almoço, não brinquei direito com meus cachorros.
Fiquei remoendo um incômodo que até agora não sei de onde veio.
Aí resolvi ir ao chaveiro à pé (fiz uma cópia de chave que não ficou boa).
Andei bastante, ouvindo MPB. Pela primeira vez prestei atenção no caminho que faço todos os dias... Tem umas árvores e paisagens lindas, que pretendo fotografar tão logo esvazie a memória do meu celular...
Na volta prá casa agradeci à Deus por tudo, até pelo incômodo!
Na garagem, dei um belo banho no meu carro, que estava imundo...
Comi, dei muitos beijos nos caninos, tomei uma ducha, fui pro Hospital.
Agora, na madrugada alta, lembrei da poesia, e de Fernando.
E viva a Internet!
Procurando, encontrei um poema que traduz um pouco esse meu dia tão estranho...
Compartilho-o e, mais uma vez, obrigada por me emprestar um pouco de sua alma, Pessoa!

No Céu da Noite que Começa

No céu da noite que começa
Nuvens de um vago negro brando
Numa ramagem pouco espessa
Vão no ocidente tresmalhando.

Aos sonhos que não sei me entrego
Sem nada procurar sentir
E estou em mim como em sossego,
Pra sono falta-me dormir.

Deixei atrás nas horas ralas
Caídas uma outra ilusão
Não volto atrás a procurá-las,
Já estão formigas onde estão.


Até outro dia! :)

segunda-feira, outubro 02, 2006


Dias nublados não são ruins...
Tem gente que acha que as nuvens atrapalham o brilho do sol, deixando o dia cinzento, sem graça, feio.
Eu não concordo.
Nuvens são dinâmicas, tomam formas e tamanhos diferentes num piscar de olhos!
São pássaros, casas, ursos, aviões, o que a nossa imaginação desejar.
É só uma questão de ponto-de-vista.
Gosto das nuvens. Gosto dos dias gris. Também há beleza no cinza. Afinal, depois de olhar o que criou, Deus viu que tudo era bom.