quinta-feira, fevereiro 01, 2007

De repente

( Lulu Santos e Nelson Motta)

de repente a gente sente
que já não sente o que já sentiu
de repente, naturalmente,
o que era novo envelheceu, de novo

de repente não há mais saco
prá tanto papo que já se ouviu
de repente a moda muda
o mundo roda e você mudou mais uma vez

não há nada a perder
não há nada a ganhar
a não ser o prazer de ser o mesmo mas mudar
não há nada só bom
nem ninguém é só mau
se o início e o final de nós todos é um só

de repente a gente saca
que só não passa o que já passou
sem vergonha e sem orgulho
nós somos feitos do mesmo pó

não há nada a perder
não há nada a ganhar
a não ser o prazer de ser o mesmo mas mudar
não há nada só bom
nem ninguém é só mau
se o início e o final de nós todos é um só
eu digo: só!


Eu tava sintonizada numa Rádio de MPB daqui de Campinas, quando ouvi essa música na voz de Pedro Mariano (maravilhosa, diga-se mais uma vez).
Antes um pouco falava com meu amigo R., no Msn, o que me rendou um pequeno período de descontração. Digo pequeno porque este foi um dia lacônico e preguiçoso.
Estava já há quase uma hora abrindo e fechando a tela do blog, com aquela necessidade de escrever mas sem saber direito o quê. Foi quando ouvi essa música.
E sem pudor nenhum de me valer da inspiração alheia, catei na minha estante o CD que tem a letra dessa canção, e aí está. A tradução fiel de como tenho me sentido nos últimos dias, e em particular no dia de hoje. Ou melhor, de ontem. Porque prá variar, já é madrugada...

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