sábado, maio 26, 2007

Existe música prá tudo na vida...

Meu Jardim
(Composição Vander Lee)

relendo minha lida, minha alma, meus amores
revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim.


Há um certo tempo, não saberia precisar quanto, uma pessoa cuja opinião é importante me disse que eu deveria "cuidar do meu jardim, para que as borboletas viessem até ele".
Eu já havia recebido, uma dezena de vezes, um e-mail (daqueles editados em pps) com um texto semelhante a isso.
Li-o apenas na primeira vez em que o recebi. Li, mas confesso que não prestei muita atenção.
Depois foi uma sequência de "excluir", um após o outro.

Mas na verdade, só ontem, enquanto encarava um congestionamento daqueles na Rodovia que utilizo para vir pro trabalho, é que parei pra pensar nisso. Nessa metáfora, representada pelas borboletas e pelo jardim. E isso aconteceu enquanto ouvia a música aí de cima no rádio do carro.
Tirando a parte do "soprar o anjinho", essa letra me incomodou naquela meia-hora de engarrafamento, causada por um acidente sem grandes proporções na pista.

Incomodar. Essa foi a palavra chave de tudo, eu acho.
E percebi que, ao contrário do que parece, o incômodo não é algo ruim todas as vezes.
Tem certos incômodos, como o que me "cutucou" na noite de ontem, e durante quase toda a madrugada de hoje, que vêm pra acrescentar. Pra fazer a gente ponderar, pensar, refletir.
O resultado do incômodo? Bom, esse eu ainda não tenho. Mas espero que não demore.

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