quarta-feira, outubro 04, 2006


Lamento não ter muitas coisas, mas um dos maiores lamentos é, com certeza, não ter talento para a Poesia, pois amo-a!!!
Amo poesia de todo jeito - das de vanguarda às mais acadêmicas.
Acho extraordinária a capacidade, que todo poeta tem, de traduzir a alma em forma de palavra escrita e falada.
O moço aí de cima é Fernando Antonio Nogueira Pessoa, um dos que mais admiro.
Sou xará dele no nome e em um dos sobrenomes, mas infelizmente é só o que temos em comum... Rs...

Ontem tive um dia meio esquisito...
Acordei tarde, pois fui dormir tarde na noite anterior.
Não fui na aula de inglês, tomei café na hora do almoço, não brinquei direito com meus cachorros.
Fiquei remoendo um incômodo que até agora não sei de onde veio.
Aí resolvi ir ao chaveiro à pé (fiz uma cópia de chave que não ficou boa).
Andei bastante, ouvindo MPB. Pela primeira vez prestei atenção no caminho que faço todos os dias... Tem umas árvores e paisagens lindas, que pretendo fotografar tão logo esvazie a memória do meu celular...
Na volta prá casa agradeci à Deus por tudo, até pelo incômodo!
Na garagem, dei um belo banho no meu carro, que estava imundo...
Comi, dei muitos beijos nos caninos, tomei uma ducha, fui pro Hospital.
Agora, na madrugada alta, lembrei da poesia, e de Fernando.
E viva a Internet!
Procurando, encontrei um poema que traduz um pouco esse meu dia tão estranho...
Compartilho-o e, mais uma vez, obrigada por me emprestar um pouco de sua alma, Pessoa!

No Céu da Noite que Começa

No céu da noite que começa
Nuvens de um vago negro brando
Numa ramagem pouco espessa
Vão no ocidente tresmalhando.

Aos sonhos que não sei me entrego
Sem nada procurar sentir
E estou em mim como em sossego,
Pra sono falta-me dormir.

Deixei atrás nas horas ralas
Caídas uma outra ilusão
Não volto atrás a procurá-las,
Já estão formigas onde estão.


Até outro dia! :)

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